PROGRAMAÇÃO:
29/10 (quinta-feira) – Embarque aeroporto Guarulhos às 09:15 horas. (apresentação às 07:15 hs)
29/10 (quinta-feira) – Chegada em Montevidéo.
30/10 (sexta-feira) – Dia livre para turismo.
31/10 (sábado) – Seminário de karate e Kobu-Do e Início das Competições de kata karate e Kobu-Do
01/11 (domingo) – Competições de kumite e encerramento do Torneio.
02/11 (segunda-feira) – Dia livre para turismo.
03/11 (terça-feira) – Retorno para o Brasil, chegada às 16:45 hs.
Custo da Viagem:
Passagem: GRUPO - vagas limitadas. Cotação dólar passagem aérea.(Exemplo:23/09= R$1,80)
US$ 307,00 (Passagem aérea Brasil-Uruguai-Brasil), poderá ser paga à vista ou em 5 parcelas no cartão de crédito.
US$ 54,00 Taxa de embarque Brasil- deverá ser paga a vista juntamente com a primeira parcela.
US$ 26,00 Taxa de embarque Uruguai deverá ser paga no aeroporto Uruguai.
Prazo para pagamento da passagem: 28 de setembro de 2009. As pessoas interessadas em acompanhar o Mestre Masahiro Shinzato e compor a delegação brasileira da Shorin-ryu Shinshukan, deverão entrar em contato com a agencia de viagem Smart Tour para pagar a parte aérea.
AGENCIA DE VIAGEM: GUIMARAES JR
smarttour@terra.com.br (13) 3321-4418 (13) 7804-9295 -NEXTEL 55*44*5747
Rua Paraguai, 107 – Gonzaga – Santos –SP
Hospedagem: (Reservar através de email para Sensei Yoshimura até 10 de outubro.
US$ 32,50 - Diária individual com café da manhã em quarto duplo, será paga no hotel.
US$ 30,00 – Diária individual com café da manhã em quarto triplo, será paga no hotel.
Hotel Balmoral – http://www.balmoral.com.uy/
Traslado:Aeroporto-Hotel-Aeroporto .Aproximadamente US$ 30,00.
Montevidéo-Libertad-Montevidéo. Aproximadamente US$13,50 por dia. Evento sábado e domingo. Portanto +/- US$ 27,00.
Torneio: ( Será paga no Uruguai) As categorias karate e kobu-do estão relacionadas abaixo.
US$ 10,00 – Taxa de inscrição, poderá participar de duas categorias.
US$ 5,00 – Taxa para categorias adicionais
Os atletas deverão encaminhar categoria que irão participar até 16 de outubro para Sensei Yoshimura, através de email, para que possa ser realizada a inscrição.
Seminário: (Será paga no Uruguai)
US$ 10,00 – Taxa de inscrição no karate ou kobu-Do (somente um curso).
US$ 15,00 – Taxa de inscrição karate e kobu-do (caso participe dos dois cursos).
Local do evento: Cidade de Libertad – Departamento de São José – Uruguai.
Contato União Shorin-Ryu Karate-Do Brasil
Prof. Jorge Yoshimura Email: jorgeyoshimura@uol.com.br
Tel:(13) 7807-9442 e (13) 3495-2778 Nextel: ID 84*50311
1º Campeonato Sudamericano Open de Karate-Do & Kobu-Do
“Sensei. Yoshihide Shinzato”
Shin Shu Kan - Uruguay 2009
CATEGORÍAS DE KATA
1. Categoría hasta 7 años (Mixto )
2. Categoría 8 y 9 años (Femenino )
3. Categoría 8 y 9 años (Masculino)
4. Categoría 10 y 11 años(Femenino)
5. Categoría 10 y 11 años(Masculino)
6. Categoría 12 y 13 años(Femenino)
7. Categoría 12 y 13 años(Masculino)
8. Categoría 14 y 15 años(Femenino)
9. Categoría 14 y 15 años(Masculino)
10. Categoría 16 y 17 años(Femenino)
11. Categoría 16 y 17 años(Masculino)
12. Categoría Mayores (Hasta 4 Kyu Femenino)
13. Categoría Mayores (Hasta 4 Kyu Masculino)
14. Categoría Mayores (Femenino)
15. Categoría Mayores (Masculino)
16. Categoría Masters + 35 años (Femenino)
17. Categoría Masters + 35 años (Masculino)
18. Categoría Kata Equipos se próximamente.
* En todas las categorías de KATA, se podrá repetir alternando con otro KATA.
CATEGORÍAS DE KATA KOBUDO (ARMAS LIBRES)
19. Categoría 8 y 9 años (Mixto)
20. Categoría 10 y 11 años(Mixto)
21. Categoría 12 y 13 años(Mixto)
22. Categoría 14 a 17 años(Femenino)
23. Categoría 14 a 17 años(Masculino)
24. Categoría Mayores (Femenino)
25. Categoría Mayores (Masculino)
26. Categoría Masters + 35 años (Femenino)
27. Categoría Masters + 35 años (Masculino)
CATEGORÍAS DE KUMITE
28. Categoría hasta 7 años (Mixto)
29. Categoría 8 y 9 años Femenino
30. Categoría 8 y 9 años Masculino
31. Categoría 10 y 11 años Femenino
32. Categoría 10 y 11 años Masculino
33. Categoría 12 y 13 años Femenino
34. Categoría 12 y 13 años Masculino
35. Categoría 14 y 15 años Femenino
36. Categoría 14 y 15 años Masculino
37. Categoría 16 y 17 años Femenino
38. Categoría 16 y 17 años Masculino
39. Categoría Mayores Femenino – 55kg
40. Categoría Mayores Femenino + 55kg
41. Categoría Mayores Masculino -65kg
42. Categoría Mayores Masculino -70kg
43. Categoría Mayores Masculino -75kg
44. Categoría Mayores Masculino -80kg
45. Categoría Mayores Masculino +80kg
46. Categoría Masters + 35 años (Femenino)
47. Categoría Masters + 35 años (Masculino)
48. Categoría Equipos Femenino (3 integrantes)
49. Categoría Equipos Masculino (3 integrantes)
La categoría que tenga 4 o menos competidores se unificara con la inmediata superior.
ARBITRAJE Y FUNCIONAMIENTO
Importante: Se solicita a los Profesores encargados de cada escuela envíen lo antes posible las inscripciones detallando edad, grado, peso y la colaboración en el arbitraje para un mejor desarrollo del evento.
Traer Cintos y Guantillas (ROJOS y AZULES ) y protector bucal, cabezales en niños.
Reglamento: Se utilizara reglamento de W.K.F.
Premiación: Se premiara 1º, 2º y un 3º puesto, con medallas.
Durante el torneo habrá servicio de cantina y un stand de venta de artículos para artes marciales.
LA ORGANIZACIÓN SE RESERVA EL DERECHO PARA CUALQUIER MODIFICACIÓN EN LAS CATEGORÍAS QUE CONSIDERE NECESARIO SIN PREVIO AVISO.
Invita a usted, Sensei. Juan C. Borbas 5º Dan Karate-Do – 3º Dan Kobu-Do IUSKF
Director ShinShuKan Uruguay.
somente matérias de karatê-dô de okinawa estilos tradicionais SHORIN-RYU GOJU-RYU SHOTOKAN-RYU WADO-RYU SHITO-RYU SUAS RAÍZES E HISTÓRIAS COM MUITA INFORMAÇÃO
sábado, 27 de agosto de 2011
Shorin Ryu
Shorin-ryu é um estilo de Karate originário de Okinawa e de cujo desmembramento surgiram vários dos demais estilos de Karate hoje praticados no mundo, como o Shotokan. Shorin é a pronúncia japonesa da palavra chinesa Shaolin, que quer dizer "Pequeno Bosque", sendo assim, como Ryu significa Estilo, Shorin-ryu seria o "Estilo do Pequeno Bosque".
História
As raízes do estilo Shorin-ryu se confundem com as raízes do próprio Karate e remontam ao final do século XVIII, na ilha de Okinawa. Àquela época, a ilha era a sede do hoje extinto Reino de Ryukyu, que englobava todas as ilhas do Arquipélago de Ryukyu, hoje pertencentes ao Japão. De fato, um preciso estudo das origens do Karate não pode ser feito de forma dissociada do estudo da cultura de Ryukyu. Nesta seção, a periodização histórica utilizada será baseada na vida dos mais importantes Mestres do estilo Shorin-ryu.
Peichin Takahara (1683 - 1760)
Nascido na vila de Akata Cho, Takahara[1] viveu a maior parte da vida na cidade de Shuri, capital do Reino de Ryukyu, e foi o maior Mestre de Te (mão) à sua época. O Te era uma arte marcial nativa de Okinawa e cujo nome significava simplesmente "mão", por ser uma forma de luta praticada sem armas.
O desenvolvimento do Te enquanto arte marcial se perde nas brumas do tempo, visto que o mesmo surgiu de forma secreta entre os camponeses de Ryukyu, que eram proibidos de portar armas a fim de se evitar revoltas. Dessa forma, o Te era ensinado em reuniões secretas e sua própria organização se assemelhava à das Sociedades Secretas, com iniciações e graus de hierarquia interna.
Apesar de geograficamente pequena, a ilha de Okinawa era muito segmentada em termos culturais, de forma que três micro-cosmos culturais acabaram por se desenvolver em torno das três cidades mais importantes: Shuri (a capital), Naha (a cidade de comércio mais dinâmico) e Tomari (o principal porto). Em cada uma dessas cidades e seus respectivos arredores, desenvolveu-se um tipo particular do Te; sendo o que importa ao verbete em questão aquele desenvolvido em Shuri: o Shuri-Te.
Por volta de 1750, um monge budista chinês do Monastério Shaolin chamado Kusanku[2] foi enviado a Okinawa como uma espécie de embaixador. Àquela época, Ryukyu era um reino independente, mas cultural e comercialmente dependente da China Imperial.
Como a maioria dos monges Shaolin, Kusanku era praticante de Kung Fu (na época chamado Ch'uan Fa). Como Shuri era a capital, foi para lá que ele foi enviado e lá, entrou em contato com Takahara, já com uma idade bastante avançada. Ambos trocaram conhecimentos sobre artes marciais, mas não desenvolveram nenhuma relação Professor-Aluno.
Uma curiosidade acerca de vida de Peichin Takahara é que se atribuem a ele os primeiros mapas da ilha de Okinawa. Verdade ou não, consta que se tratava de uma pessoa muito instruída, que alguns afirmavam se tratar de um monge budista.
Kanga Sakukawa (1733 - 1815)
Quando Kusanku chegou a Okinawa, Sakukawa[3] contava cerca de 18 anos e era o mais prodigioso aluno de Takahara. O velho Mestre percebeu que a chegada do estrangeiro seria uma boa oportunidade para obter um aperfeiçoamento de sua arte marcial, mas como já estava com quase 70 anos, não se sentia apto a aprender novas técnicas. Enviou, então, seu pupilo para ser treinado pelo monge chinês.
Sakukawa, já à época um grande praticante de Te, se tornou, então, discípulo de Kusanku, com quem se diz, inclusive, que chegou a visitar a China e o próprio Monastério Shaolin. Quando Kusanku faleceu, em 1762, Sakukawa já dominava amplamente tanto o Te de Okinawa, quanto o Kung Fu da China. Passou, então a ser o Grão-Mestre do Te de Shuri, assumindo o lugar de Takahara, falecido dois anos antes.
Em homenagem a Kusanku e também como forma de compilar seus ensinamentos de forma a passá-los para seus alunos, Sakukawa criou os dois katas que levam o nome do monge Shaolin: Kusanku Sho (Kusanku menor) e Kusanku Dai (Kusanku maior). Contudo, Talvez por azar, talvez por ter passado muitos anos na China, talvez por seu Mestre ter vivido tanto, Sakukawa não conseguiu ter um aluno brilhante e seus ensinamentos corriam o risco de não serem levados a diante após sua morte.
Por volta de 1812, contra a sua vontade, o idoso Sakukawa viu-se obrigado a honrar uma promessa que havia feito a um nobre de Ryukyu e assim, aceitou seu filho, um adolescente conhecido como encrenqueiro, como discípulo. O jovem se chamava Sokon Matsumura.
Sokon Matsumura (c. 1800 - c.1890)
Mesmo já não sendo uma criança, Matsumura[4] se destacou rapidamente nos estudos com o Mestre Sakukawa e, quando ele faleceu, em 1815, já estava apto a dar prosseguimento a seus ensinamentos.
O treinamento de Matsumura naquela arte que vinha se configurando a partir da mistura do Kung Fu com o Te não só lançou as bases do Karate (mão vazia), mas também fez com que a prática de artes marciais, até então restrita ao campesinato, atingisse a nobreza, da qual o próprio Matsumura fazia parte.
De fato, Matsumura utilizou seus novos conhecimentos para galgar postos na administração do reino e logo se tornou o General Supremo das Forças Armadas de Ryukyu. Sua vida é, contudo, coberta por mitos que o fazem uma espécie de Miyamoto Musashi de Okinawa. Diz-se que nunca perdeu uma luta, desde o início de seu treinamento até sua velhice, sendo seu embate mais famoso (e o único que não venceu, mas empatou) contra um marinheiro náufrago oriundo provavelmente da China, cujo nome era Annan.
Annan fora o único sobrevivente do navio em que estava, na costa de Okinawa, e conseguiu chegar à ilha nadando. Como não sabia falar o idioma local e como era exímio lutador, estava se aproveitando de sua habilidade para roubar comida e outras coisas das vilas próximas a Shuri. Matsumura foi, então, chamado para lidar com o problema, mas o estrangeiro se mostrou um oponente muito superior a todos os outros que já havia enfrentado ou que ainda viria a enfrentar. Num determinado momento da luta, ambos se viram impossibilitados de vencer e resolveram parar o embate, chegando a um acordo. Matsumura deixou que Annan partisse sem ter que responder pelos crimes que havia cometido e, em troca, Annan ensinou-lhe algumas de suas técnicas, que Matsumura viria a compilar num Kata chamado Chinto (Marinheiro do Leste).
Além de seus feitos militares quase-heróicos, Matsumura também deu uma grande contribuição pessoal ao nascente Karate, tendo criado diversos Katas: Naihanchi (depois dividido em três partes), Passai (depois dividido em duas versões), Gojushiho, Chinto e Hakutsuru (este não praticado pela Shorin-ryu).
Além das grandes contribuições que deu ao Karate, pelo fato de ser um nobre, Matsumura nunca abriu mão do uso de armas (Kobujutsu) e chegou mesmo a introduzir o Jigen-ryu (Estilo de luta com espadas) de Satsuma (Japão) em Okinawa.
O tempo de vida, bem como muitos dos feitos deste homem, considerado por muitos como o verdadeiro fundador do Karate, não é precisamente conhecido, mas seu aluno mais brilhante e sucessor também no posto de General Supremo de Ryukyu, foi Anko Itosu, outro membro da nobreza do reino.
Anko Itosu (1831 - 1915)
Aluno de Matsumura, Itosu[5] esteve presente em momentos decisivos da História de Ryukyu e do Japão. Era ele o General Supremo do Reino quando de sua anexação ao Japão, em 1879. De fato, até o momento em questão, Ryukyu vivia uma situação muito peculiar. Se por um lado, seus governantes e sua população demonstravam uma ampla preferência pela China (em todos os sentidos), por outro, o Japão considerava (desde 1609, quando o Daimyo de Satsuma obteve autorização do Shogun para invadir a região a fim de puní-la por não ter aceitado participar na campanha de anexação da Coréia, em 1590) a região como um protetorado e, inclusive, só não a tinha anexado formalmente a seu território, porque, com o fechamento do Japão aos países estrangeiros, no século XVII, a situação de Ryukyu e seu intenso comércio com a China funcionavam como uma forma de burlar o sistema e introduzir produtos estrangeiros (principalmente chineses) no Japão. Contudo, com a Restauração Meiji, tal mecanismo já não se fazia necessário e como a China, envolvida em milhares de problemas devidos à ocupação estrangeira de seu território e às Guerras do Ópio, se encontrava impossibilitada de oferecer resistência ao expansionismo nipônico, o Japão consolidou seu domínio sobre Ryukyu.
Percebendo que era impossível resistir a um adversário tão superior, Ryukyu se rendeu sem luta e sua nobreza passou a colaborar com os japoneses a fim de manter o status de que dispunha. O próprio Rei Sho Tai, último monarca de Ryukyu, foi morar em Edo (Tóquio), onde recebeu o título de Kazozu (equivalente a Marquês). Com esse intuito colaboracionista, Itosu trabalhou incansavelmente para fazer o Karate ser introduzido no Japão. Acreditava que, caso fosse bem sucedido, poderia vir a gozar de uma posição influente junto às Forças Armadas do Imperador Meiji. Contudo, devido à grande influência chinesa sobre o Karate da época (até mesmo muitos dos golpes possuíam nomes em chinês), a arte marcial não encontrou receptividade num Império sinófobo como o japonês. Itosu fracassou.
A despeito de seu fracasso em tornar o Karate uma arte marcial japonesa, Itosu deu grandes contribuições pessoais a ele. Uma das mudanças introduzidas pelo Mestre no Karate foi o treinamento com Makiwara, espécie de boneco de madeira rígida, para calejar as mãos e os pés, a fim de potencializar os golpes. Outra grande inovação de Itosu foi ter tornado o Karate mais acessível às crianças através da invenção dos primeiros Kihons e da divisão do imenso Kata Naihanchi, criado por seu Mestre, em três Katas menores: Naihanchi Shodan, Nahanchi Nidan e Nahanchi Sandan. Esses Katas seriam uma forma de se introduzir as crianças ao Karate e, uma vez dominados, fariam delas praticantes de nível intermediário. Itosu, contudo, acreditava que havia uma grande diferença nos níveis de dificuldade apresentados pelos três Naihanchi e pelos demais Katas, criados por Matsumura e por Sakukawa, sendo assim, como forma de ensino intermediário, ele particionou os dois Katas Kusanku (criados por Sakukawa) em cinco Katas menores, os quais batizou de Pinan, a dizer: Pinan Shodan, Pinan Nidan, Pinan Sandan, Pinan Yondan e Pinan Godan.
Há uma grande discussão histórica sobre o papel de Itosu em relação ao Karate em geral e ao estilo Shorin-ryu em particular.
Quanto ao Karate, não se pode precisar se o criador da arte marcial foi Matsumura, Sakukawa ou Itosu. Os que defendem a tese de que Sakukawa foi seu criador consideram que ele foi o primeiro a reunir os ensinamentos do Te e do Kung Fu numa só arte. Os que defendem que Matsumura tenha sido seu criador argumentam que ele foi quem mais contribuições deu àquela arte nascente e que Sakukawa teria sido um mero praticante de duas artes marciais (como hoje existem tantos). Por fim, aqueles que argumentam que Itosu teria sido o criador do Karate se apegam ao termo em si, que, ao que parece, não havia sido utilizado antes de Anku Itosu. Contudo, aos defensores dessa tese, cabe lembrar que o termo só se popularizou após a morte de Itosu, sendo que em sua época (como pode ser conferido na carta que escreveu e que hoje é conhecida como "Os Dez Peceitos do Karate"), o Karate ainda era majoritariamente conhecido como Tang Te, ou seja, Mão Chinesa e não Mão Vazia, como hoje.
Quanto ao estilo Shorin-ryu, a discussão parece mais simples. Embora pareça contrasensual, visto que o Shorin-ryu é um estilo de uma arte marcial (o Karate), ao que parece, sempre houve a consciência de que aquela arte havia sido trazida da China e que advinha do Kung Fu dos monges Shaolin, sendo assim, é muito provável que o Estilo praticado por Itosu já fosse chamado de Shorin-ryu mesmo em tempos anteriores a esse Mestre (como também se pode supor através da leitura de "Os Dez Preceitos do Karate"). De qualquer forma, como sempre ocorre com fatos históricos embasados na História Oral (uma vez que a escrita era muito pouco disseminada em Ryukyu), há discordâncias sobre esse tema e, embora alguns debatam sobre se Matsumura ou Itosu seria o fundador do Estilo, o único consenso que existe é que Chibana foi seu primeiro Grão-Mestre.
Choshin Chibana (1885 - 1969)
Ao contrário de Matsumura, que teve grande dificuldade para encontrar um discípulo à altura de suas técnicas, Itosu encontrou discípulos de qualidade em grande abundância, talvez por ter se empenhado na disseminação do Karate por Okinawa através de sua implantação no ensino público regular. Seja como for, ao menos cinco de seus discípulos merecem alguma nota de importância: Anbun Tokuda (1886 - 1945), Shugoro Nakazato (1921 - 2008), Yuchoku Higa (1910 - 1994), Gishin Funakoshi (1868 - 1957) e Choshin Chibana.
Com a morte de Itosu, seus discípulos se desentenderam acerca da sucessão do Mestre, mas coube a Chibana ocupar o título de Grão-Mestre do estilo. Muitos vêem neste ato a criação do Shorin-ryu, enquanto outros apenas vêem a consolidação de sua existência já então muito antiga. Seja como for, Tokuda e Motobu mantiveram-se fiéis ao estilo que aprenderam com seu Mestre e, embora não aceitassem plenamente a autoridade de Chibana, não ousaram criar dissidências. Funakoshi, contudo, tentou fazer o que seu Mestre não havia logrado: levar o Karate para o Japão.
Tecnicamente, com a anexação de Ryukyu, o Karate já era uma arte marcial japonesa, mas a verdade é que ele era quase desconhecido (e visto com maus olhos) no arquipélago principal; assim como tudo o que vinha de Okinawa que, até hoje, é a prefeitura mais pobre e negligenciada do Japão.
Para levar o Karate ao arquipélago principal, Funakoshi dedicou-se a alterá-lo a fim de contornar a intolerência japonesa para com os costumes e idéias de origem chinesa. Assim, alterou nomes (traduzindo todas as palavras chinesas para o japonês; diz-se, inclusive, que o próprio nome Karate seria uma niponização de Tang Te, usado até então, sendo que o som das duas expessões é muito semelhante e Funakoshi teria passado a escrever Karate também a fim de nipozar a arte marcial) e algumas bases, de modo a criar diferenças sutis, mas suficientes para tornar a arte marcial palatável aos japonses. Fundou então um dojo, ao qual deu (ou, segundo outra versão da história, seus alunos deram) o nome de Shotokan, literalmente, "Escola do Shoto", sendo que Shoto (Vento nos Pinheiros) era seu apelido. Até mesmo o uniforme de treino do Karate foi niponizado, uma vez que o primeiro Karate-Gi utilizado por Funakoshi era, na verdade, um Judo-Gi, ou seja, um kimono de Judo.
Enquanto Funakoshi fazia progressos na inserção do Karate no Japão, Chibana via enfrentava dificuldades na manutenção da unidade do Estilo Shorin-Ryu.
Katsuya Miyahira (1918 - atual)
Após a morte de Chibana, o título Grão-Mestre do estilo Shorin-ryu passou a seu mais proeminente discípulo: Katsuya Miyahira.
Miyahira assumiu um estilo em franca fragmentação, com o surgimento de diversas escolas a ele filiadas, mas independentes em termos de autoridade. Ele percebeu que se não fizesse nada, não só o eixo nuclear do Shorin-ryu estaria comprometido, como também a sua própria existência, visto que a tendência das diferentes escolas era virem a se tornar estilos propriamente ditos, como acontecera com a Shotokan de Funakoshi no Japão.
A fim de competir com as escolas nascentes, Miyahira transformou seu dojo numa escola: a Shidokan ("Escola do Caminho do Coração do Guerreiro"). Com sua criação, o Mestre passou a atuar mais diretamente na disseminação do estilo e, dessa forma, vem tentando mantê-lo unido até hoje.
Um dos grandes feitos de Miyahira, enquanto ainda era aluno de Chibana, foi ter se tornado professor do grande mestre Choki Motobu[8] (1870 - 1941), com quem desenvolveu uma relação de mútuo aprendizado.
Uma recente alteração introduzida por Miyahira no estilo Shorin-ryu foi a renomeação dos dois Katas Passai: o antigo Passai Sho (Passai menor) passou a ser chamado Itosu no Passai (Passai de Itosu, em homenagem àquele Grande Mestre do passado); já o antigo Passai Dai (Passai maior) passou a se chamar Matsumura no Passai (Passai de Matsumura).
Escolas do Estilo
Após a morte de Choshin Chibana, muitos de seus alunos não aceitaram a escolha de Katsuya Miyahira como novo Grão-Mestre do Estilo Shorin-Ryu. Essa atitude precipitou a criação de diversas escolas dentro do Estilo.
Na prática, uma escola não é um estilo separado por manter raízes históricas unidas com as demais de seu estilo, bem como por manter em sua gama de Katas ensinados os Katas de seu estilo matriz. Contudo, a criação de uma escola equivale à dissenção de uma linha de pensamento, o que acaba sendo o primeiro passo para o surgimento de um estilo próprio. De fato, é possível que as muitas escolas do estilo Shorin-Ryu hoje existentes só se mantenham a ele vinculadas porque esse é um dos estilos mais tradicionais do Karate e acaba sendo preferível a muitos mestres serem os líderes de uma escola desconhecida dentro de um estilo importante do que serem os líderes de um estilo desconhecido.
Seja como for, o estilo Shorin-Ryu se divide hoje em sete escolas, cada uma delas comandada por um Hanshi (ver mais abaixo).
Shidokan
Shorinkan
Seibukan
Shobayashi
Shinshukan
Kata
As técnicas do estilo são aperfeiçoadas através do treino de kihon (exercícios fundamentais), kata (exercícios formais) e kumite (luta), incorporando princípios filosóficos, tanto na teoria quanto na prática.
Há, ao todo, 21 kata, aprendidos[22] pelos praticantes do estilo nesta ordem:
01- Naihanchi Shodan
02- Fukyu-gata Dai Ichi
03- Naihanchi Nidan
04- Naihanchi Sandan
05- Fukyu-gata Dai Ni
06- Pinan Shodan
07- Pinan Nidan
08- Pinan Sandan09- Pinan Yondan
10- Pinan Godan
11- Itosu no Passai
(anteriormente denominado Passai Sho)
12- Kusanku Sho
13- Matsumura no Passai
(anteriormente denominado Passai Dai)14- Kusanku Dai
15- Chinto
16- Jion
17- Gojushi-ho
18- Teesho
19- Koryu Passai
20- Unshu
21- Ryuko
Ao chegar ao 5º DAN, o karateca do estilo Shorin-ryu deve saber fazer e demonstrar com maestria as técnicas contidas nestes 21 Kata.
Progressão de Faixas
No estilo Shorin-ryu os Karatecas começam na faixa branca, como na grande maioria dos estilos de Karate e a coloração de suas faixas vai escurecendo até chegar à preta, quando se inicia uma nova contagem de progressão, muito mais lenta. Karatecas que não são faixas pretas são chamados de Mudansha ou Dangai (sem Dan), enquanto os que já atingiram a faixa preta são chamados de Yudansha. A progressão de faixas do estilo é a seguinte:
Os Dangai ou Mudansha são:
•7º Kyu = Branca
•6º Kyu = Amarela
•5º Kyu = Laranja
•4º Kyu = Azul
•3º Kyu = Verde
•2º Kyu = Roxa
•1º Kyu = Marrom
Obs.: Alguns dojos ainda utilizam uma faixa vermelha entre as faixas branca e amarela, destinada a karatecas considerados muito jovens para progredirem à faixa amarela. Esta faixa vermelha não é internacionalmente reconhecida, assim como não o são os graus atribuídos às pontas das demais faixas dos Dangai, e era muito mais amplamente utilizada até o final do século XX, quando a idade mínima para se atingir a faixa preta era de 18 anos completos. Hoje, como a idade mínima para a faixa preta é de 14 anos, dificilmente existe a necessidade de se atribuir essa faixa a alguém, por isso, além de não ser reconhecida, a faixa vermelha (também chamada pejorativamente de vermelhinha) está praticamente extinta.
Os Yudansha são:
•1º ao 5º Dan = Faixa Preta com uma listra horizontal para cada Dan
•6º Dan = Faixa Preta com as pontas em Vermelho e Branco (Ponta Coral) ou apenas Faixa Preta sem ponta alguma
•7º e 8º Dan = Faixa Vermelha e Branca (Coral)
•9º e 10º Dan = Faixa Vermelha
Obs.: Karatecas de 1º e 2º Dan são chamados de Sensei (embora esse título possa ser usado para designar qualquer karateca de 1º Dan em diante, ele é mais comumente empregado para designar o mais graduado de um dado lugar), os de 3º e 4º Dan são chamados de Shihan, os de 5º e 6º Dan são chamados Renshi, os de 7º e 8º Dan são chamados Kyoshi e os de 9º e 10º Dan são chamados Hanshi. Karatecas acima do 7º Dan podem ser designados como responsáveis por grandes extensões territoriais, sendo os mestres de todos os Karatecas de graduações inferiores naquela área. Um indivíduo nessas condições receberá o título honorífico de Kodansha.
Itosu e "Os Dez Preceitos do Karate"
Além de sua imensa contribuição pessoal para o Karate em geral e para o estilo Shorin-ryu em especial, Anko Itosu deixou ainda um importante legado numa carta endereçada aos Ministros da Guerra e da Educação do Japão. Essa carta, de outubro de 1908, chamada de "Os Dez Preceitos do Karate" (Tode Jukun) [26] tinha o objetivo de desvincular o Karate de influências religiosas opostas ao Xintoísmo então em voga no Japão, bem como de ressaltar os benefícios militares da arte marcial. A missivia não logrou seus objetivos, mas segue transcrita abaixo:
Dez Preceitos do Karate
O Karate não evoluiu do Budismo ou do Confucionismo. No passado, as escolas Shorin-ryu e Shorei-ryu foram trazidas da China para Okinawa. Ambas têm pontos fortes, os quais eu mencionarei agora, antes que haja muitas mudanças:
1.O Karate não é praticado apenas para o benefício individual, pode ser usado para proteger sua família e seu mestre. Ele não é pensado para ser utilizado apenas contra um único bandido, mas sim, como uma forma de se evitar uma briga caso se venha a ser confrontado com um vilão ou um valentão.
2.O propósito do Karate é tornar os músculos e ossos duros como rochas e usar as mãos e pernas como lanças. Se as crianças começarem a treinar Tang Te (sic) enquanto ainda estiverem no Primário, então elas se tornarão bem preparadas para o serviço militar. Lembre-se das palavras atribuídas ao Duque de Wellington depois de ter derrotado Napoleão: "A Batalha de Waterloo foi vencida nos playgrounds de Eton."
3.O Karate não pode ser aprendido rapidamente. Como um búfalo que se move lentamente, ele acaba viajando mil milhas. Quando alguém treina diligentemente todos os dias, então, em três ou quatro anos, irá entender o Karate. Aqueles que treinarem dessa forma descobrirão o Karate.
4.No Karate, o treinamento das mãos e dos pés é importante, então faz-se necessário um meticuloso treinamento na makiwara. Para fazê-lo, relaxe os ombros, abra os pulmões, agarre-se às suas forças, prenda-se ao chão com seus pés e concentre suas energias no baixo ventre. Treine usando cada braço cem ou duzentas vezes por dia.
5.Quando estiver praticando as bases do Tang Te (sic), certifique-se de manter sua coluna reta, relaxar os ombros, colocar força nas pernas, manter-se firme e buscar energia no seu baixo ventre.
6.Pratique cada uma das técnicas do Karate repetidamente, seu uso é transmitido oralmente. Aprenda bem cada explicação e decida quando e de que forma aplicá-las quado se fizer necessário. Avançar, contra-atacar e recuar é a regra para se soltar a mão (torite).
7.É necessário decidir se o Karate será para a sua saúde ou para auxiliar em seus deveres.
8.Quando treinar, faça-o como se estivesse no campo de batalha. Seus olhos devem brilhar, seus ombros devem ficar relaxados e seu corpo rígido. Você deve sempre treinar com intensidade e espírito e, dessa forma, você vai estar naturalmente preparado.
9.Não se deve treinar além do limite; isso ocasiona a perda de energia no baixo ventre e é agressivo para o corpo. O rosto e os olhos enrubrecem. Treine com sabedoria.
10.No passado, os mestres de Karate desfrutaram de longas vidas. O Karate ajuda a desenvolver os ossos e os músculos. Ajuda na digestão, bem como na circulação. Se o Karate for introduzido logo no início do Primário, nós produziremos muitos homens capazes de derrotarem dez agressores. Eu acredito piamente que isso pode ser feito se todos os estudantes da Escola de Professores de Okinawa aprenderem Karate. Dessa forma, depois de se formarem, eles poderão ensinar nas Escolas Primárias aquilo que aprenderam. Eu acredito que isso será um grande benefício para nossa nação e para nossas Forças Armadas. Espero que o senhor considere minha sugestão.
Anko Itosu, Outubro de 1908.
História
As raízes do estilo Shorin-ryu se confundem com as raízes do próprio Karate e remontam ao final do século XVIII, na ilha de Okinawa. Àquela época, a ilha era a sede do hoje extinto Reino de Ryukyu, que englobava todas as ilhas do Arquipélago de Ryukyu, hoje pertencentes ao Japão. De fato, um preciso estudo das origens do Karate não pode ser feito de forma dissociada do estudo da cultura de Ryukyu. Nesta seção, a periodização histórica utilizada será baseada na vida dos mais importantes Mestres do estilo Shorin-ryu.
Peichin Takahara (1683 - 1760)
Nascido na vila de Akata Cho, Takahara[1] viveu a maior parte da vida na cidade de Shuri, capital do Reino de Ryukyu, e foi o maior Mestre de Te (mão) à sua época. O Te era uma arte marcial nativa de Okinawa e cujo nome significava simplesmente "mão", por ser uma forma de luta praticada sem armas.
O desenvolvimento do Te enquanto arte marcial se perde nas brumas do tempo, visto que o mesmo surgiu de forma secreta entre os camponeses de Ryukyu, que eram proibidos de portar armas a fim de se evitar revoltas. Dessa forma, o Te era ensinado em reuniões secretas e sua própria organização se assemelhava à das Sociedades Secretas, com iniciações e graus de hierarquia interna.
Apesar de geograficamente pequena, a ilha de Okinawa era muito segmentada em termos culturais, de forma que três micro-cosmos culturais acabaram por se desenvolver em torno das três cidades mais importantes: Shuri (a capital), Naha (a cidade de comércio mais dinâmico) e Tomari (o principal porto). Em cada uma dessas cidades e seus respectivos arredores, desenvolveu-se um tipo particular do Te; sendo o que importa ao verbete em questão aquele desenvolvido em Shuri: o Shuri-Te.
Por volta de 1750, um monge budista chinês do Monastério Shaolin chamado Kusanku[2] foi enviado a Okinawa como uma espécie de embaixador. Àquela época, Ryukyu era um reino independente, mas cultural e comercialmente dependente da China Imperial.
Como a maioria dos monges Shaolin, Kusanku era praticante de Kung Fu (na época chamado Ch'uan Fa). Como Shuri era a capital, foi para lá que ele foi enviado e lá, entrou em contato com Takahara, já com uma idade bastante avançada. Ambos trocaram conhecimentos sobre artes marciais, mas não desenvolveram nenhuma relação Professor-Aluno.
Uma curiosidade acerca de vida de Peichin Takahara é que se atribuem a ele os primeiros mapas da ilha de Okinawa. Verdade ou não, consta que se tratava de uma pessoa muito instruída, que alguns afirmavam se tratar de um monge budista.
Kanga Sakukawa (1733 - 1815)
Quando Kusanku chegou a Okinawa, Sakukawa[3] contava cerca de 18 anos e era o mais prodigioso aluno de Takahara. O velho Mestre percebeu que a chegada do estrangeiro seria uma boa oportunidade para obter um aperfeiçoamento de sua arte marcial, mas como já estava com quase 70 anos, não se sentia apto a aprender novas técnicas. Enviou, então, seu pupilo para ser treinado pelo monge chinês.
Sakukawa, já à época um grande praticante de Te, se tornou, então, discípulo de Kusanku, com quem se diz, inclusive, que chegou a visitar a China e o próprio Monastério Shaolin. Quando Kusanku faleceu, em 1762, Sakukawa já dominava amplamente tanto o Te de Okinawa, quanto o Kung Fu da China. Passou, então a ser o Grão-Mestre do Te de Shuri, assumindo o lugar de Takahara, falecido dois anos antes.
Em homenagem a Kusanku e também como forma de compilar seus ensinamentos de forma a passá-los para seus alunos, Sakukawa criou os dois katas que levam o nome do monge Shaolin: Kusanku Sho (Kusanku menor) e Kusanku Dai (Kusanku maior). Contudo, Talvez por azar, talvez por ter passado muitos anos na China, talvez por seu Mestre ter vivido tanto, Sakukawa não conseguiu ter um aluno brilhante e seus ensinamentos corriam o risco de não serem levados a diante após sua morte.
Por volta de 1812, contra a sua vontade, o idoso Sakukawa viu-se obrigado a honrar uma promessa que havia feito a um nobre de Ryukyu e assim, aceitou seu filho, um adolescente conhecido como encrenqueiro, como discípulo. O jovem se chamava Sokon Matsumura.
Sokon Matsumura (c. 1800 - c.1890)
Mesmo já não sendo uma criança, Matsumura[4] se destacou rapidamente nos estudos com o Mestre Sakukawa e, quando ele faleceu, em 1815, já estava apto a dar prosseguimento a seus ensinamentos.
O treinamento de Matsumura naquela arte que vinha se configurando a partir da mistura do Kung Fu com o Te não só lançou as bases do Karate (mão vazia), mas também fez com que a prática de artes marciais, até então restrita ao campesinato, atingisse a nobreza, da qual o próprio Matsumura fazia parte.
De fato, Matsumura utilizou seus novos conhecimentos para galgar postos na administração do reino e logo se tornou o General Supremo das Forças Armadas de Ryukyu. Sua vida é, contudo, coberta por mitos que o fazem uma espécie de Miyamoto Musashi de Okinawa. Diz-se que nunca perdeu uma luta, desde o início de seu treinamento até sua velhice, sendo seu embate mais famoso (e o único que não venceu, mas empatou) contra um marinheiro náufrago oriundo provavelmente da China, cujo nome era Annan.
Annan fora o único sobrevivente do navio em que estava, na costa de Okinawa, e conseguiu chegar à ilha nadando. Como não sabia falar o idioma local e como era exímio lutador, estava se aproveitando de sua habilidade para roubar comida e outras coisas das vilas próximas a Shuri. Matsumura foi, então, chamado para lidar com o problema, mas o estrangeiro se mostrou um oponente muito superior a todos os outros que já havia enfrentado ou que ainda viria a enfrentar. Num determinado momento da luta, ambos se viram impossibilitados de vencer e resolveram parar o embate, chegando a um acordo. Matsumura deixou que Annan partisse sem ter que responder pelos crimes que havia cometido e, em troca, Annan ensinou-lhe algumas de suas técnicas, que Matsumura viria a compilar num Kata chamado Chinto (Marinheiro do Leste).
Além de seus feitos militares quase-heróicos, Matsumura também deu uma grande contribuição pessoal ao nascente Karate, tendo criado diversos Katas: Naihanchi (depois dividido em três partes), Passai (depois dividido em duas versões), Gojushiho, Chinto e Hakutsuru (este não praticado pela Shorin-ryu).
Além das grandes contribuições que deu ao Karate, pelo fato de ser um nobre, Matsumura nunca abriu mão do uso de armas (Kobujutsu) e chegou mesmo a introduzir o Jigen-ryu (Estilo de luta com espadas) de Satsuma (Japão) em Okinawa.
O tempo de vida, bem como muitos dos feitos deste homem, considerado por muitos como o verdadeiro fundador do Karate, não é precisamente conhecido, mas seu aluno mais brilhante e sucessor também no posto de General Supremo de Ryukyu, foi Anko Itosu, outro membro da nobreza do reino.
Anko Itosu (1831 - 1915)
Aluno de Matsumura, Itosu[5] esteve presente em momentos decisivos da História de Ryukyu e do Japão. Era ele o General Supremo do Reino quando de sua anexação ao Japão, em 1879. De fato, até o momento em questão, Ryukyu vivia uma situação muito peculiar. Se por um lado, seus governantes e sua população demonstravam uma ampla preferência pela China (em todos os sentidos), por outro, o Japão considerava (desde 1609, quando o Daimyo de Satsuma obteve autorização do Shogun para invadir a região a fim de puní-la por não ter aceitado participar na campanha de anexação da Coréia, em 1590) a região como um protetorado e, inclusive, só não a tinha anexado formalmente a seu território, porque, com o fechamento do Japão aos países estrangeiros, no século XVII, a situação de Ryukyu e seu intenso comércio com a China funcionavam como uma forma de burlar o sistema e introduzir produtos estrangeiros (principalmente chineses) no Japão. Contudo, com a Restauração Meiji, tal mecanismo já não se fazia necessário e como a China, envolvida em milhares de problemas devidos à ocupação estrangeira de seu território e às Guerras do Ópio, se encontrava impossibilitada de oferecer resistência ao expansionismo nipônico, o Japão consolidou seu domínio sobre Ryukyu.
Percebendo que era impossível resistir a um adversário tão superior, Ryukyu se rendeu sem luta e sua nobreza passou a colaborar com os japoneses a fim de manter o status de que dispunha. O próprio Rei Sho Tai, último monarca de Ryukyu, foi morar em Edo (Tóquio), onde recebeu o título de Kazozu (equivalente a Marquês). Com esse intuito colaboracionista, Itosu trabalhou incansavelmente para fazer o Karate ser introduzido no Japão. Acreditava que, caso fosse bem sucedido, poderia vir a gozar de uma posição influente junto às Forças Armadas do Imperador Meiji. Contudo, devido à grande influência chinesa sobre o Karate da época (até mesmo muitos dos golpes possuíam nomes em chinês), a arte marcial não encontrou receptividade num Império sinófobo como o japonês. Itosu fracassou.
A despeito de seu fracasso em tornar o Karate uma arte marcial japonesa, Itosu deu grandes contribuições pessoais a ele. Uma das mudanças introduzidas pelo Mestre no Karate foi o treinamento com Makiwara, espécie de boneco de madeira rígida, para calejar as mãos e os pés, a fim de potencializar os golpes. Outra grande inovação de Itosu foi ter tornado o Karate mais acessível às crianças através da invenção dos primeiros Kihons e da divisão do imenso Kata Naihanchi, criado por seu Mestre, em três Katas menores: Naihanchi Shodan, Nahanchi Nidan e Nahanchi Sandan. Esses Katas seriam uma forma de se introduzir as crianças ao Karate e, uma vez dominados, fariam delas praticantes de nível intermediário. Itosu, contudo, acreditava que havia uma grande diferença nos níveis de dificuldade apresentados pelos três Naihanchi e pelos demais Katas, criados por Matsumura e por Sakukawa, sendo assim, como forma de ensino intermediário, ele particionou os dois Katas Kusanku (criados por Sakukawa) em cinco Katas menores, os quais batizou de Pinan, a dizer: Pinan Shodan, Pinan Nidan, Pinan Sandan, Pinan Yondan e Pinan Godan.
Há uma grande discussão histórica sobre o papel de Itosu em relação ao Karate em geral e ao estilo Shorin-ryu em particular.
Quanto ao Karate, não se pode precisar se o criador da arte marcial foi Matsumura, Sakukawa ou Itosu. Os que defendem a tese de que Sakukawa foi seu criador consideram que ele foi o primeiro a reunir os ensinamentos do Te e do Kung Fu numa só arte. Os que defendem que Matsumura tenha sido seu criador argumentam que ele foi quem mais contribuições deu àquela arte nascente e que Sakukawa teria sido um mero praticante de duas artes marciais (como hoje existem tantos). Por fim, aqueles que argumentam que Itosu teria sido o criador do Karate se apegam ao termo em si, que, ao que parece, não havia sido utilizado antes de Anku Itosu. Contudo, aos defensores dessa tese, cabe lembrar que o termo só se popularizou após a morte de Itosu, sendo que em sua época (como pode ser conferido na carta que escreveu e que hoje é conhecida como "Os Dez Peceitos do Karate"), o Karate ainda era majoritariamente conhecido como Tang Te, ou seja, Mão Chinesa e não Mão Vazia, como hoje.
Quanto ao estilo Shorin-ryu, a discussão parece mais simples. Embora pareça contrasensual, visto que o Shorin-ryu é um estilo de uma arte marcial (o Karate), ao que parece, sempre houve a consciência de que aquela arte havia sido trazida da China e que advinha do Kung Fu dos monges Shaolin, sendo assim, é muito provável que o Estilo praticado por Itosu já fosse chamado de Shorin-ryu mesmo em tempos anteriores a esse Mestre (como também se pode supor através da leitura de "Os Dez Preceitos do Karate"). De qualquer forma, como sempre ocorre com fatos históricos embasados na História Oral (uma vez que a escrita era muito pouco disseminada em Ryukyu), há discordâncias sobre esse tema e, embora alguns debatam sobre se Matsumura ou Itosu seria o fundador do Estilo, o único consenso que existe é que Chibana foi seu primeiro Grão-Mestre.
Choshin Chibana (1885 - 1969)
Ao contrário de Matsumura, que teve grande dificuldade para encontrar um discípulo à altura de suas técnicas, Itosu encontrou discípulos de qualidade em grande abundância, talvez por ter se empenhado na disseminação do Karate por Okinawa através de sua implantação no ensino público regular. Seja como for, ao menos cinco de seus discípulos merecem alguma nota de importância: Anbun Tokuda (1886 - 1945), Shugoro Nakazato (1921 - 2008), Yuchoku Higa (1910 - 1994), Gishin Funakoshi (1868 - 1957) e Choshin Chibana.
Com a morte de Itosu, seus discípulos se desentenderam acerca da sucessão do Mestre, mas coube a Chibana ocupar o título de Grão-Mestre do estilo. Muitos vêem neste ato a criação do Shorin-ryu, enquanto outros apenas vêem a consolidação de sua existência já então muito antiga. Seja como for, Tokuda e Motobu mantiveram-se fiéis ao estilo que aprenderam com seu Mestre e, embora não aceitassem plenamente a autoridade de Chibana, não ousaram criar dissidências. Funakoshi, contudo, tentou fazer o que seu Mestre não havia logrado: levar o Karate para o Japão.
Tecnicamente, com a anexação de Ryukyu, o Karate já era uma arte marcial japonesa, mas a verdade é que ele era quase desconhecido (e visto com maus olhos) no arquipélago principal; assim como tudo o que vinha de Okinawa que, até hoje, é a prefeitura mais pobre e negligenciada do Japão.
Para levar o Karate ao arquipélago principal, Funakoshi dedicou-se a alterá-lo a fim de contornar a intolerência japonesa para com os costumes e idéias de origem chinesa. Assim, alterou nomes (traduzindo todas as palavras chinesas para o japonês; diz-se, inclusive, que o próprio nome Karate seria uma niponização de Tang Te, usado até então, sendo que o som das duas expessões é muito semelhante e Funakoshi teria passado a escrever Karate também a fim de nipozar a arte marcial) e algumas bases, de modo a criar diferenças sutis, mas suficientes para tornar a arte marcial palatável aos japonses. Fundou então um dojo, ao qual deu (ou, segundo outra versão da história, seus alunos deram) o nome de Shotokan, literalmente, "Escola do Shoto", sendo que Shoto (Vento nos Pinheiros) era seu apelido. Até mesmo o uniforme de treino do Karate foi niponizado, uma vez que o primeiro Karate-Gi utilizado por Funakoshi era, na verdade, um Judo-Gi, ou seja, um kimono de Judo.
Enquanto Funakoshi fazia progressos na inserção do Karate no Japão, Chibana via enfrentava dificuldades na manutenção da unidade do Estilo Shorin-Ryu.
Katsuya Miyahira (1918 - atual)
Após a morte de Chibana, o título Grão-Mestre do estilo Shorin-ryu passou a seu mais proeminente discípulo: Katsuya Miyahira.
Miyahira assumiu um estilo em franca fragmentação, com o surgimento de diversas escolas a ele filiadas, mas independentes em termos de autoridade. Ele percebeu que se não fizesse nada, não só o eixo nuclear do Shorin-ryu estaria comprometido, como também a sua própria existência, visto que a tendência das diferentes escolas era virem a se tornar estilos propriamente ditos, como acontecera com a Shotokan de Funakoshi no Japão.
A fim de competir com as escolas nascentes, Miyahira transformou seu dojo numa escola: a Shidokan ("Escola do Caminho do Coração do Guerreiro"). Com sua criação, o Mestre passou a atuar mais diretamente na disseminação do estilo e, dessa forma, vem tentando mantê-lo unido até hoje.
Um dos grandes feitos de Miyahira, enquanto ainda era aluno de Chibana, foi ter se tornado professor do grande mestre Choki Motobu[8] (1870 - 1941), com quem desenvolveu uma relação de mútuo aprendizado.
Uma recente alteração introduzida por Miyahira no estilo Shorin-ryu foi a renomeação dos dois Katas Passai: o antigo Passai Sho (Passai menor) passou a ser chamado Itosu no Passai (Passai de Itosu, em homenagem àquele Grande Mestre do passado); já o antigo Passai Dai (Passai maior) passou a se chamar Matsumura no Passai (Passai de Matsumura).
Escolas do Estilo
Após a morte de Choshin Chibana, muitos de seus alunos não aceitaram a escolha de Katsuya Miyahira como novo Grão-Mestre do Estilo Shorin-Ryu. Essa atitude precipitou a criação de diversas escolas dentro do Estilo.
Na prática, uma escola não é um estilo separado por manter raízes históricas unidas com as demais de seu estilo, bem como por manter em sua gama de Katas ensinados os Katas de seu estilo matriz. Contudo, a criação de uma escola equivale à dissenção de uma linha de pensamento, o que acaba sendo o primeiro passo para o surgimento de um estilo próprio. De fato, é possível que as muitas escolas do estilo Shorin-Ryu hoje existentes só se mantenham a ele vinculadas porque esse é um dos estilos mais tradicionais do Karate e acaba sendo preferível a muitos mestres serem os líderes de uma escola desconhecida dentro de um estilo importante do que serem os líderes de um estilo desconhecido.
Seja como for, o estilo Shorin-Ryu se divide hoje em sete escolas, cada uma delas comandada por um Hanshi (ver mais abaixo).
Shidokan
Shorinkan
Seibukan
Shobayashi
Shinshukan
Kata
As técnicas do estilo são aperfeiçoadas através do treino de kihon (exercícios fundamentais), kata (exercícios formais) e kumite (luta), incorporando princípios filosóficos, tanto na teoria quanto na prática.
Há, ao todo, 21 kata, aprendidos[22] pelos praticantes do estilo nesta ordem:
01- Naihanchi Shodan
02- Fukyu-gata Dai Ichi
03- Naihanchi Nidan
04- Naihanchi Sandan
05- Fukyu-gata Dai Ni
06- Pinan Shodan
07- Pinan Nidan
08- Pinan Sandan09- Pinan Yondan
10- Pinan Godan
11- Itosu no Passai
(anteriormente denominado Passai Sho)
12- Kusanku Sho
13- Matsumura no Passai
(anteriormente denominado Passai Dai)14- Kusanku Dai
15- Chinto
16- Jion
17- Gojushi-ho
18- Teesho
19- Koryu Passai
20- Unshu
21- Ryuko
Ao chegar ao 5º DAN, o karateca do estilo Shorin-ryu deve saber fazer e demonstrar com maestria as técnicas contidas nestes 21 Kata.
Progressão de Faixas
No estilo Shorin-ryu os Karatecas começam na faixa branca, como na grande maioria dos estilos de Karate e a coloração de suas faixas vai escurecendo até chegar à preta, quando se inicia uma nova contagem de progressão, muito mais lenta. Karatecas que não são faixas pretas são chamados de Mudansha ou Dangai (sem Dan), enquanto os que já atingiram a faixa preta são chamados de Yudansha. A progressão de faixas do estilo é a seguinte:
Os Dangai ou Mudansha são:
•7º Kyu = Branca
•6º Kyu = Amarela
•5º Kyu = Laranja
•4º Kyu = Azul
•3º Kyu = Verde
•2º Kyu = Roxa
•1º Kyu = Marrom
Obs.: Alguns dojos ainda utilizam uma faixa vermelha entre as faixas branca e amarela, destinada a karatecas considerados muito jovens para progredirem à faixa amarela. Esta faixa vermelha não é internacionalmente reconhecida, assim como não o são os graus atribuídos às pontas das demais faixas dos Dangai, e era muito mais amplamente utilizada até o final do século XX, quando a idade mínima para se atingir a faixa preta era de 18 anos completos. Hoje, como a idade mínima para a faixa preta é de 14 anos, dificilmente existe a necessidade de se atribuir essa faixa a alguém, por isso, além de não ser reconhecida, a faixa vermelha (também chamada pejorativamente de vermelhinha) está praticamente extinta.
Os Yudansha são:
•1º ao 5º Dan = Faixa Preta com uma listra horizontal para cada Dan
•6º Dan = Faixa Preta com as pontas em Vermelho e Branco (Ponta Coral) ou apenas Faixa Preta sem ponta alguma
•7º e 8º Dan = Faixa Vermelha e Branca (Coral)
•9º e 10º Dan = Faixa Vermelha
Obs.: Karatecas de 1º e 2º Dan são chamados de Sensei (embora esse título possa ser usado para designar qualquer karateca de 1º Dan em diante, ele é mais comumente empregado para designar o mais graduado de um dado lugar), os de 3º e 4º Dan são chamados de Shihan, os de 5º e 6º Dan são chamados Renshi, os de 7º e 8º Dan são chamados Kyoshi e os de 9º e 10º Dan são chamados Hanshi. Karatecas acima do 7º Dan podem ser designados como responsáveis por grandes extensões territoriais, sendo os mestres de todos os Karatecas de graduações inferiores naquela área. Um indivíduo nessas condições receberá o título honorífico de Kodansha.
Itosu e "Os Dez Preceitos do Karate"
Além de sua imensa contribuição pessoal para o Karate em geral e para o estilo Shorin-ryu em especial, Anko Itosu deixou ainda um importante legado numa carta endereçada aos Ministros da Guerra e da Educação do Japão. Essa carta, de outubro de 1908, chamada de "Os Dez Preceitos do Karate" (Tode Jukun) [26] tinha o objetivo de desvincular o Karate de influências religiosas opostas ao Xintoísmo então em voga no Japão, bem como de ressaltar os benefícios militares da arte marcial. A missivia não logrou seus objetivos, mas segue transcrita abaixo:
Dez Preceitos do Karate
O Karate não evoluiu do Budismo ou do Confucionismo. No passado, as escolas Shorin-ryu e Shorei-ryu foram trazidas da China para Okinawa. Ambas têm pontos fortes, os quais eu mencionarei agora, antes que haja muitas mudanças:
1.O Karate não é praticado apenas para o benefício individual, pode ser usado para proteger sua família e seu mestre. Ele não é pensado para ser utilizado apenas contra um único bandido, mas sim, como uma forma de se evitar uma briga caso se venha a ser confrontado com um vilão ou um valentão.
2.O propósito do Karate é tornar os músculos e ossos duros como rochas e usar as mãos e pernas como lanças. Se as crianças começarem a treinar Tang Te (sic) enquanto ainda estiverem no Primário, então elas se tornarão bem preparadas para o serviço militar. Lembre-se das palavras atribuídas ao Duque de Wellington depois de ter derrotado Napoleão: "A Batalha de Waterloo foi vencida nos playgrounds de Eton."
3.O Karate não pode ser aprendido rapidamente. Como um búfalo que se move lentamente, ele acaba viajando mil milhas. Quando alguém treina diligentemente todos os dias, então, em três ou quatro anos, irá entender o Karate. Aqueles que treinarem dessa forma descobrirão o Karate.
4.No Karate, o treinamento das mãos e dos pés é importante, então faz-se necessário um meticuloso treinamento na makiwara. Para fazê-lo, relaxe os ombros, abra os pulmões, agarre-se às suas forças, prenda-se ao chão com seus pés e concentre suas energias no baixo ventre. Treine usando cada braço cem ou duzentas vezes por dia.
5.Quando estiver praticando as bases do Tang Te (sic), certifique-se de manter sua coluna reta, relaxar os ombros, colocar força nas pernas, manter-se firme e buscar energia no seu baixo ventre.
6.Pratique cada uma das técnicas do Karate repetidamente, seu uso é transmitido oralmente. Aprenda bem cada explicação e decida quando e de que forma aplicá-las quado se fizer necessário. Avançar, contra-atacar e recuar é a regra para se soltar a mão (torite).
7.É necessário decidir se o Karate será para a sua saúde ou para auxiliar em seus deveres.
8.Quando treinar, faça-o como se estivesse no campo de batalha. Seus olhos devem brilhar, seus ombros devem ficar relaxados e seu corpo rígido. Você deve sempre treinar com intensidade e espírito e, dessa forma, você vai estar naturalmente preparado.
9.Não se deve treinar além do limite; isso ocasiona a perda de energia no baixo ventre e é agressivo para o corpo. O rosto e os olhos enrubrecem. Treine com sabedoria.
10.No passado, os mestres de Karate desfrutaram de longas vidas. O Karate ajuda a desenvolver os ossos e os músculos. Ajuda na digestão, bem como na circulação. Se o Karate for introduzido logo no início do Primário, nós produziremos muitos homens capazes de derrotarem dez agressores. Eu acredito piamente que isso pode ser feito se todos os estudantes da Escola de Professores de Okinawa aprenderem Karate. Dessa forma, depois de se formarem, eles poderão ensinar nas Escolas Primárias aquilo que aprenderam. Eu acredito que isso será um grande benefício para nossa nação e para nossas Forças Armadas. Espero que o senhor considere minha sugestão.
Anko Itosu, Outubro de 1908.
Sapposhi, Peichin e o misterioso Tode
OSSu!
Prosseguimos esta semana com a série de posts onde falaremos sobre a origem histórica do Karate-Do. Continuamos na nossa trilha para, como bem mencionou o professor Rogério no comment semana passada, entender a real relação da arte de Okinawa com o Te, sem contundi-lo com as artes da China. Continuaremos utilizando na grafia dos termos o mesmo padrão apresentado pela prefeitura de Okinawa que pode ser conferido no link à esquerda ‘Wonder Okinawa’ aliado às regras de formatação da ABNT.
Desde 1404 d.C., os Ryukyu recebiam visitas ‘diplomáticas’ de representantes chineses (pois como já citamos o reino do qual Okinawa fazia parte era vassalo deste país). Estas visitas eram chamadas Sapposhi e, comumente, seus integrantes eram militares do ‘país do meio’ que vinham supervisionar as relações entre Ryukyu e a China. Passados 25 anos deste primeiro encontro, Shohashi unificaria os reinos dos Ryukyu, estabelecendo, entre outras coisas, a periodicidade destes Sapposhi.
Sabe-se que estes eventos eram momentos importantes para trocas culturais com os representantes chineses e que, no Sapposhi de 1756 d.C. (o 19º, sob liderança do embaixador Zenkai), foram realizadas demonstrações dos especialistas Kusanku (Kung Sian Chung), Peichin Sakugawa e Chatan Yara, introduzindo respectivamente as técnicas dos sistemas chamados então: Kusanku-zaiko, Tode Sakugawa e Chatan Yara no Kenpo.
Porém, o que ocorria era que, nesta época, alguns Peichin como Sanga Sakugawa já haviam se apropriado das técnicas de luta locais, o Te de Okinawa. Depois de passar maus bocados para conter os heimin revoltosos desde o século XV, os guerreiros okinawanos passaram a estudar a luta de mãos nuas nativa, chegando a criar um sistema de graduação de 6 hachimaki (faixas de testa) coloridos, a exemplo das faixas que usamos hoje na cintura para graduações de kyu.
A influência crucial das artes chinesas nas técnicas locais pode ser constatada através dos manuscritos chamados Bubishi. Este ‘Tratado de Preparação Guerreira’, foi sendo copiado manualmente por gerações, até ser formalmente documentado nas ‘Notas de Oshima’ por Ryosho Tobe. Neste documento, além do Bubishi, Tobe transcreveu o Kusanku (tratado sobre as técnicas do militar chinês Kung Siang Chun) e o Kumiaijutsu. Na parte que competia ao Kusanku, Tobe apresenta as técnicas que deram origem aos kata que conhecemos hoje por Kushanku, Kosokun ou Kanku. No trecho que apresenta o Bubishi, podemos ver as chamadas 48 técnicas de Quan, onde dois guerreiros com vestimentas chinesas combatem (aliás, com admirável semelhança à representação artística do famoso quadro sobre os monges do Templo Shaolin, até hoje conservado na China).
As incríveis histórias envolvendo diversos guerreiros de Okinawa praticantes do Tode, tais como Sokon Matsumura, Kishin Teruya, Kosaku Matsumora, Anko Itosu e Kanryo Higaonna fizeram com que a arte fosse chamada por nomes como Shimpi Tode (Misteriosa Mão Chinesa) ou Reimyo Tode (Miraculosa Mão Chinesa). Aqueles feitos inconcebíveis, como a capacidade de receber inúmeros golpes sem sofrer danos, paralisar adversários com o kiai (técnica de brandido vocal para condução da energia vital, ou ki), romper troncos de árvores com golpes ou esmagar grossos talos de bambu com as mãos nuas, podem hoje ser compreendidos e cultivados através das explicações sobre o funcionamento das energias do nosso ‘corpo vital’ (quem quiser se aprofundar neste tópico pode começar leituras pelos trabalhos relacionados à física quântica, consciência e saúde dos autores Deepak Chopra, Frijtot Capra e Amit Goswami).
Estamos chegando então, aos tempos do Tode moderno, o século XIX, onde já iniciavam em Okinawa os treinos dos mestres mais conhecidos por levar a arte ao Japão Continental. Acabava assim, a cultura do Isshi-soden (a passagem das técnicas de defesa pessoal apenas entre parentes) e iniciava a prática do Karate nas escolas de Okinawa.
No próximo post: ‘Hoje na Educação Física praticamos Karate!’
OSSu!
Tiago Frosi
Prosseguimos esta semana com a série de posts onde falaremos sobre a origem histórica do Karate-Do. Continuamos na nossa trilha para, como bem mencionou o professor Rogério no comment semana passada, entender a real relação da arte de Okinawa com o Te, sem contundi-lo com as artes da China. Continuaremos utilizando na grafia dos termos o mesmo padrão apresentado pela prefeitura de Okinawa que pode ser conferido no link à esquerda ‘Wonder Okinawa’ aliado às regras de formatação da ABNT.
Desde 1404 d.C., os Ryukyu recebiam visitas ‘diplomáticas’ de representantes chineses (pois como já citamos o reino do qual Okinawa fazia parte era vassalo deste país). Estas visitas eram chamadas Sapposhi e, comumente, seus integrantes eram militares do ‘país do meio’ que vinham supervisionar as relações entre Ryukyu e a China. Passados 25 anos deste primeiro encontro, Shohashi unificaria os reinos dos Ryukyu, estabelecendo, entre outras coisas, a periodicidade destes Sapposhi.
Sabe-se que estes eventos eram momentos importantes para trocas culturais com os representantes chineses e que, no Sapposhi de 1756 d.C. (o 19º, sob liderança do embaixador Zenkai), foram realizadas demonstrações dos especialistas Kusanku (Kung Sian Chung), Peichin Sakugawa e Chatan Yara, introduzindo respectivamente as técnicas dos sistemas chamados então: Kusanku-zaiko, Tode Sakugawa e Chatan Yara no Kenpo.
Porém, o que ocorria era que, nesta época, alguns Peichin como Sanga Sakugawa já haviam se apropriado das técnicas de luta locais, o Te de Okinawa. Depois de passar maus bocados para conter os heimin revoltosos desde o século XV, os guerreiros okinawanos passaram a estudar a luta de mãos nuas nativa, chegando a criar um sistema de graduação de 6 hachimaki (faixas de testa) coloridos, a exemplo das faixas que usamos hoje na cintura para graduações de kyu.
A influência crucial das artes chinesas nas técnicas locais pode ser constatada através dos manuscritos chamados Bubishi. Este ‘Tratado de Preparação Guerreira’, foi sendo copiado manualmente por gerações, até ser formalmente documentado nas ‘Notas de Oshima’ por Ryosho Tobe. Neste documento, além do Bubishi, Tobe transcreveu o Kusanku (tratado sobre as técnicas do militar chinês Kung Siang Chun) e o Kumiaijutsu. Na parte que competia ao Kusanku, Tobe apresenta as técnicas que deram origem aos kata que conhecemos hoje por Kushanku, Kosokun ou Kanku. No trecho que apresenta o Bubishi, podemos ver as chamadas 48 técnicas de Quan, onde dois guerreiros com vestimentas chinesas combatem (aliás, com admirável semelhança à representação artística do famoso quadro sobre os monges do Templo Shaolin, até hoje conservado na China).
As incríveis histórias envolvendo diversos guerreiros de Okinawa praticantes do Tode, tais como Sokon Matsumura, Kishin Teruya, Kosaku Matsumora, Anko Itosu e Kanryo Higaonna fizeram com que a arte fosse chamada por nomes como Shimpi Tode (Misteriosa Mão Chinesa) ou Reimyo Tode (Miraculosa Mão Chinesa). Aqueles feitos inconcebíveis, como a capacidade de receber inúmeros golpes sem sofrer danos, paralisar adversários com o kiai (técnica de brandido vocal para condução da energia vital, ou ki), romper troncos de árvores com golpes ou esmagar grossos talos de bambu com as mãos nuas, podem hoje ser compreendidos e cultivados através das explicações sobre o funcionamento das energias do nosso ‘corpo vital’ (quem quiser se aprofundar neste tópico pode começar leituras pelos trabalhos relacionados à física quântica, consciência e saúde dos autores Deepak Chopra, Frijtot Capra e Amit Goswami).
Estamos chegando então, aos tempos do Tode moderno, o século XIX, onde já iniciavam em Okinawa os treinos dos mestres mais conhecidos por levar a arte ao Japão Continental. Acabava assim, a cultura do Isshi-soden (a passagem das técnicas de defesa pessoal apenas entre parentes) e iniciava a prática do Karate nas escolas de Okinawa.
No próximo post: ‘Hoje na Educação Física praticamos Karate!’
OSSu!
Tiago Frosi
Mestre Yoshihide Shinzato
Mestre Yoshihide Shinzato, 10º dan(graduação mais elevada dentro da modalidade), Nasceu a 15 de março em 1927 em Okinawa, ilhas Ryu Kyu do arquipélago japonês. Foi discípulo do mestre Anbun Tokuda, e com a morte deste, durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se aluno do mestre Choshin Chibana. Após o falecimento do primeiro mestre, continuou treinando, dessa vez com o mestre Miyahira. Treinou Kobu-Do com Shikan Akamine, Masahiro Nakamoto e Katsuyoshi Kanei, recebendo a categoria de Hanshi pelo mestre Katsuyoshi Kanei, em novembro de 1993. Também possui algum treinamento em Judo, com sensei Itokazu, realizado quando estava no colegial. Treinou ainda, já no Brasil, o estilo Goju-Ryu, com o mestre Shikan Akamine. A história desse imigrante pode ser confundida, em alguns aspectos, com a de muitos japoneses que vieram para o Brasil na década de 1950. Mestre Shinzato, porém, não veio para o Brasil com o propósito de melhorar a condição da vida familiar, pois sua vida no Japão era estável; já era casado, tinha dois filhos e foi funcionário público na província de Okinawa. A sua real intenção foi disseminar o Karate no país. Antes de partir para o Brasil, mestre Shinzato havia participado da Segunda Guerra Mundial, como rádio comunicador do Exército Japonês, em Tóquio. Devido a sua baixa estatura, o sensei não obteve autorização para combater no front, nem tampouco pilotar aviões, que era o seu grande sonho. Por já possuir parentes residindo em Praia Grande - SP, ao chegar ao Brasil, a 15 de novembro de 1954, Shinzato seguiu para esta cidade da Baixada Santista, e começou a trabalhar na lavoura de seus tios, no bairro Tude Bastos, além de trabalhar com o transporte de verduras e adubos. Paralelamente ministrava aula de Karate em sua casa, para jovens da colônia japonesa. A 25 de Janeiro de 1954, com seu irmão Yuzo, apresentou uma demonstração no Parque Ibirapuera, juntamente com os grupos de folclore de Okinawa, em comemoração do aniversário da cidade de São Paulo. A 3 de junho de 1962, fundou a acadêmia Santista de Karate-Do na Rua Brás Cubas, em Santos - SP, e em 1970 mudou o nome para Associação Okinawa Shorin-Ryu Karate-Do do Brasil. Em 1976 criou a União Shorin-Ryu Karate-Do do Brasil, e em 1992 fundou a international Union Shorin-Ryu Karate-Do Federation. Seu método de aula baseia-se na filosofia do Budo, desenvolvimento esportivo e do convívio social, tendo como objetivo criar indivíduos úteis tanto para a sociedade quanto para a família, com o intuito de formar um karateka com o corpo forte e mente equilibrada. Sensei Shinzato possuía 200 escolas filiadas no Brasil e exterior. Aqui deixo a minha homenagem à memoria do honorável mestre Yoshihide Shinzato, cuja história de vida nos mostra o exemplo de um homem que amava o Karate-Do.
Esse artigo é uma homenagem à memoria do mestre Yoshihide Shinzato.
Esse artigo é uma homenagem à memoria do mestre Yoshihide Shinzato.
História do Estilo Shorin-Ryu
O Estilo Shorin-Ryu é um derivado de Shuri-Te, um dos 3 grandes núcleos da criação do Karate-do. As raízes do Shorin-Ryu se confundiam com as raízes do próprio Shuri-Te. A Arte do Shorin-ryu era permitida apenas para militares e samurais da dinastia Ryukyu, que era um Reino onde a sede ficava em Okinawa.
Através dos grandes mestres do Shorin é que sera contada a história deste estilo.
Peichin Takahara (1683-1760)
Foi o maior mestre de Te. Viveu na cidade de Shuri, capital do Reino de Ryukyu. Teve contato com um monge budista do Monastério Shaolin chinês de nome, Kusanku. Kusanku foi enviado a Okinawa como embaixador pois apesar de independente, Ryukyu era culturalmente e comercialmente dependente da China Imperial. Takahara e Kusanku trocaram conhecimentos sobre artes marciais, porém não desenvolveram nenhuma relação Professor-Aluno.
Kanga Sakukawa (1733-1815)
Quando Kusanku chegou a Okinawa, Sakukawa era o melhor aluno de Takahara e tinha 18 anos. Takahara viu que com a chegada do Kusanku ele poderia evoluir seu estilo, porém como ja tinha uma idade avançada, resolveu enviar Sakukawa para aprender com o monge chinês. Quando Kusanku faleceu em 1762, Sakukawa dominava tanto o Te como o Kung Fu, por isso passou a ser o Grão Mestre do Te de Shuri obtendo o lugar de Takahara que havia falecido 2 anos antes.
Em homenagem à Kusanku, Sakukawa criou dois catas que levou o nome de seu mestre. Kusanku Sho, Kushanku Dai. Mesmo sendo um grande mestre, Sakukawa não teve alunos que se destacassem, e chegou o risco de não ter seus ensinamentos fossem levados para frente após sua morte. No entanto, em 1812, se viu forçado a cumprir uma promessa a um nobre contra sua vontade, aceitando seu filho encrenqueiro Sokon Matsumura.
Sokon Matsumura
Bibliografia
http://www.shidokan.com.br/shorin.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Shorin-ryu
Através dos grandes mestres do Shorin é que sera contada a história deste estilo.
Peichin Takahara (1683-1760)
Foi o maior mestre de Te. Viveu na cidade de Shuri, capital do Reino de Ryukyu. Teve contato com um monge budista do Monastério Shaolin chinês de nome, Kusanku. Kusanku foi enviado a Okinawa como embaixador pois apesar de independente, Ryukyu era culturalmente e comercialmente dependente da China Imperial. Takahara e Kusanku trocaram conhecimentos sobre artes marciais, porém não desenvolveram nenhuma relação Professor-Aluno.
Kanga Sakukawa (1733-1815)
Quando Kusanku chegou a Okinawa, Sakukawa era o melhor aluno de Takahara e tinha 18 anos. Takahara viu que com a chegada do Kusanku ele poderia evoluir seu estilo, porém como ja tinha uma idade avançada, resolveu enviar Sakukawa para aprender com o monge chinês. Quando Kusanku faleceu em 1762, Sakukawa dominava tanto o Te como o Kung Fu, por isso passou a ser o Grão Mestre do Te de Shuri obtendo o lugar de Takahara que havia falecido 2 anos antes.
Em homenagem à Kusanku, Sakukawa criou dois catas que levou o nome de seu mestre. Kusanku Sho, Kushanku Dai. Mesmo sendo um grande mestre, Sakukawa não teve alunos que se destacassem, e chegou o risco de não ter seus ensinamentos fossem levados para frente após sua morte. No entanto, em 1812, se viu forçado a cumprir uma promessa a um nobre contra sua vontade, aceitando seu filho encrenqueiro Sokon Matsumura.
Sokon Matsumura
Bibliografia
http://www.shidokan.com.br/shorin.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Shorin-ryu
História do Estilo Shorin-Ryu
O Estilo Shorin-Ryu é um derivado de Shuri-Te, um dos 3 grandes núcleos da criação do Karate-do. As raízes do Shorin-Ryu se confundiam com as raízes do próprio Shuri-Te. A Arte do Shorin-ryu era permitida apenas para militares e samurais da dinastia Ryukyu, que era um Reino onde a sede ficava em Okinawa.
Através dos grandes mestres do Shorin é que sera contada a história deste estilo.
Peichin Takahara (1683-1760)
Foi o maior mestre de Te. Viveu na cidade de Shuri, capital do Reino de Ryukyu. Teve contato com um monge budista do Monastério Shaolin chinês de nome, Kusanku. Kusanku foi enviado a Okinawa como embaixador pois apesar de independente, Ryukyu era culturalmente e comercialmente dependente da China Imperial. Takahara e Kusanku trocaram conhecimentos sobre artes marciais, porém não desenvolveram nenhuma relação Professor-Aluno.
Kanga Sakukawa (1733-1815)
Quando Kusanku chegou a Okinawa, Sakukawa era o melhor aluno de Takahara e tinha 18 anos. Takahara viu que com a chegada do Kusanku ele poderia evoluir seu estilo, porém como ja tinha uma idade avançada, resolveu enviar Sakukawa para aprender com o monge chinês. Quando Kusanku faleceu em 1762, Sakukawa dominava tanto o Te como o Kung Fu, por isso passou a ser o Grão Mestre do Te de Shuri obtendo o lugar de Takahara que havia falecido 2 anos antes.
Em homenagem à Kusanku, Sakukawa criou dois catas que levou o nome de seu mestre. Kusanku Sho, Kushanku Dai. Mesmo sendo um grande mestre, Sakukawa não teve alunos que se destacassem, e chegou o risco de não ter seus ensinamentos fossem levados para frente após sua morte. No entanto, em 1812, se viu forçado a cumprir uma promessa a um nobre contra sua vontade, aceitando seu filho encrenqueiro Sokon Matsumura.
Sokon Matsumura
Bibliografia
http://www.shidokan.com.br/shorin.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Shorin-ryu
Através dos grandes mestres do Shorin é que sera contada a história deste estilo.
Peichin Takahara (1683-1760)
Foi o maior mestre de Te. Viveu na cidade de Shuri, capital do Reino de Ryukyu. Teve contato com um monge budista do Monastério Shaolin chinês de nome, Kusanku. Kusanku foi enviado a Okinawa como embaixador pois apesar de independente, Ryukyu era culturalmente e comercialmente dependente da China Imperial. Takahara e Kusanku trocaram conhecimentos sobre artes marciais, porém não desenvolveram nenhuma relação Professor-Aluno.
Kanga Sakukawa (1733-1815)
Quando Kusanku chegou a Okinawa, Sakukawa era o melhor aluno de Takahara e tinha 18 anos. Takahara viu que com a chegada do Kusanku ele poderia evoluir seu estilo, porém como ja tinha uma idade avançada, resolveu enviar Sakukawa para aprender com o monge chinês. Quando Kusanku faleceu em 1762, Sakukawa dominava tanto o Te como o Kung Fu, por isso passou a ser o Grão Mestre do Te de Shuri obtendo o lugar de Takahara que havia falecido 2 anos antes.
Em homenagem à Kusanku, Sakukawa criou dois catas que levou o nome de seu mestre. Kusanku Sho, Kushanku Dai. Mesmo sendo um grande mestre, Sakukawa não teve alunos que se destacassem, e chegou o risco de não ter seus ensinamentos fossem levados para frente após sua morte. No entanto, em 1812, se viu forçado a cumprir uma promessa a um nobre contra sua vontade, aceitando seu filho encrenqueiro Sokon Matsumura.
Sokon Matsumura
Bibliografia
http://www.shidokan.com.br/shorin.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Shorin-ryu
Hanshi Katsuya Miyahira (10ºDan)
Nascido em 16 de agosto de 1918 em Okinawa – Japão, Katsuya Miyahira teve seu primeiro contato com o Karate em 1933 com o Sensei Chosin Chibana e começou a ter aulas com Anbun Tokuda no colégio onde estudava. Então na mesma época treinava com os dois mais brilhantes discípulos do Sensei Anko Itosu (O Mestre de Shuri-te). Anos mais tarde também teve oportunidade de receber treinamento com o grande Sensei Choki Motobu.
Do Sensei Chibana recebeu o título de Shihan (que permite ensinar karate) em 1948 e abriu seu próprio Dojo em Kanehisa, Nishihara. O nome escolhido para sua academia foi: Shido-kan.
Uma vida dedicada ao Karate:
1933- Início da pratica.
1948- Torna-se professor de karate.
1953- Torna-se professor da Universidade Ryukyu.
1958– Recebeu o título de Kyoshi da Dai Nippon Butokukai.
1967- Recebeu kyudan (9th dan) de Karate Hanshi (Mestre).
1969- Torna-se presidente da Okinawa Shorin Ryu Karate Association
1978- Recebe Jyudan (10 º dan) como Hanshi Karate.
1986- Torna-se presidente da Federação de Karate de Okinawa, cargo que manteve até 1990.
2000- Em setembro deste ano o mestre Katsuya Miyahira foi considerado "Patrimônio Cultural Intangível" pela Okinawa Prefecture Board of Education, por sua dedicação ao ensino do Karate-do, significa dizer que o mestre Miyahira é considerado um ícone vivo da cultura japonesa pelas instituições daquele país.
O Sensei Katsuya Miyahira é o criador do Kata "Tetsu Sho".
Uma das alterações introduzidas por Sensei Miyahira no estilo Shorin-ryu foi à renomeação dos dois Katas Passai: Pasai Sho (Pasai menor) foi intitulado ‘Itosu’ no Pasai (Pasai de Itosu, em homenagem ao grande Mestre); e o Pasai Dai (Pasai maior) em que foi intitulado ‘Matsumura’ no Passai (Pasai de Matsumura).
Atualmente diversas academias em mais de 10 países se filiaram ao Sensei Miyahira e utilizam o nome Shidokan estampado no kimono.
Do Sensei Chibana recebeu o título de Shihan (que permite ensinar karate) em 1948 e abriu seu próprio Dojo em Kanehisa, Nishihara. O nome escolhido para sua academia foi: Shido-kan.
Uma vida dedicada ao Karate:
1933- Início da pratica.
1948- Torna-se professor de karate.
1953- Torna-se professor da Universidade Ryukyu.
1958– Recebeu o título de Kyoshi da Dai Nippon Butokukai.
1967- Recebeu kyudan (9th dan) de Karate Hanshi (Mestre).
1969- Torna-se presidente da Okinawa Shorin Ryu Karate Association
1978- Recebe Jyudan (10 º dan) como Hanshi Karate.
1986- Torna-se presidente da Federação de Karate de Okinawa, cargo que manteve até 1990.
2000- Em setembro deste ano o mestre Katsuya Miyahira foi considerado "Patrimônio Cultural Intangível" pela Okinawa Prefecture Board of Education, por sua dedicação ao ensino do Karate-do, significa dizer que o mestre Miyahira é considerado um ícone vivo da cultura japonesa pelas instituições daquele país.
O Sensei Katsuya Miyahira é o criador do Kata "Tetsu Sho".
Uma das alterações introduzidas por Sensei Miyahira no estilo Shorin-ryu foi à renomeação dos dois Katas Passai: Pasai Sho (Pasai menor) foi intitulado ‘Itosu’ no Pasai (Pasai de Itosu, em homenagem ao grande Mestre); e o Pasai Dai (Pasai maior) em que foi intitulado ‘Matsumura’ no Passai (Pasai de Matsumura).
Atualmente diversas academias em mais de 10 países se filiaram ao Sensei Miyahira e utilizam o nome Shidokan estampado no kimono.
A História do Karate Japonês
Havaí Seinenkai Karate .
O artigo seguinte (a segunda de três partes) foi publicado originalmente na luta contra a Internacional de Artes, edição n º 51, Volume 9, No. 3, 1988 (páginas 32-35) e é reproduzida aqui com a permissão do autor, Graham Noble. The article has not been updated or edited. O artigo não foi atualizado ou editado. Photographs have been omitted. Fotografias foram omitidas. Copyright © Graham Noble. Copyright © Graham Noble. All rights reserved. Todos os direitos reservados.
Mestres do Shorin-Ryu
por Graham Nobre
Prof. N. Karasawa com Ian McLaren e N. Prof Karasawa
Mestre Yabu Kentsu
Itosu era quase 80 anos de idade quando karate foi introduzida no currículo da Escola Normal, e grande parte do ensino foi realizado pelo aluno mais velho Kentsu Yabu. Yabu is probably best known today as Itosu's assistant, yet he was an outstanding karate expert in his own right. Yabu é provavelmente mais conhecido hoje como assistente de Itosu, mas ele era um perito do karaté de destaque em sua própria direita. During one of my talks with Master Mitsusuke Harada (Shotokai) he referred to the time he spent in Brazil and his discussions with Okinawan karateka in that country. Durante uma de minhas conversas com o Mestre Mitsusuke Harada (Shotokai) ele se refere ao tempo que passou no Brasil e suas discussões com o karateca de Okinawa no país. I asked him which karate masters these Okinawans respected - Yabu perhaps? Pedi-lhe que esses mestres de karatê de Okinawa respeitados - Yabu, talvez? Yes, Harada replied, they looked back to Yabu as a great expert, and it was not just karateka who said this. Sim, respondeu Harada, olharam para trás para Yabu como um grande especialista, e não foi apenas karateca que disse isso. Ordinary Okinawans without any experience of the art had heard of Yabu Sensei. Okinawans Ordinária, sem qualquer experiência da arte tinha ouvido falar do Sensei Yabu. According to Hiroyasu Tamae ("Karate-do," Sozo Co. 1977) when Shuri Castle was turned into a museum, Yabu's military uniform was put on display as one of the items. De acordo com Hiroyasu Tamae ("Karate-do", Sozo Co. 1977), quando Shuri Castle foi transformado em um museu militar, uniformes de Yabu foi colocado em exibição como um dos itens.
Kentsu Yabu era comumente conhecida como "Gunso", ou sargento, uma referência à sua carreira no Exército Imperial Japonês. Aparentemente, ele foi passado o posto de sargento para se tornar um segundo tenente, ea capacidade de fazer o seu caminho no exército japonês sugere uma certa força de caráter e aptidão para a vida militar. The Okinawans had never been a military people and the older generation opposed all forms of military service. The conscription laws enforced throughout the rest of Japan in 1873 were not extended to Okinawa till 1898. Os habitantes de Okinawa nunca tinha sido um povo militares e da geração mais velha oposição a todas as formas de serviço militar. As leis recrutamento forçado em todo o resto do Japão em 1873 não foram estendidos para Okinawa até 1898. Even then the proportion of islanders rejected for service because of illiteracy, shortness, and so on, was the highest of any Japanese prefecture. Mesmo assim, a proporção de ilhéus rejeitado para o serviço por causa do analfabetismo, falta, e assim por diante, foi o maior de qualquer província japonesa. Those few who had served under the harsh discipline of Japanese army life were generally much tougher than the average Okinawan. Os poucos que tinham servido sob a disciplina rígida da vida do exército japonês eram geralmente muito mais resistente do que a média de Okinawa.
Diz-se que Yabu viu a ação na frente da batalha da China durante a guerra sino-japonesa de 1894 / 5. He would have been 27 years old at the time, so that is quite possible. Ele teria sido 27 anos de idade na época, de modo que é perfeitamente possível. Unfortunately it may now be too late to dig out any details on this part of his life. Infelizmente, ele agora pode ser tarde demais para cavar a todos os detalhes sobre esta parte da sua vida.
Mitsusuke Harada me disse que havia conversado com um Tamashiro Mr. um Okinawa, que tinha sido um tenente do exército japonês no mesmo regimento que Yabu tinha servido em uma questão de fato. Tamashiro disse que na hora Yabu os okinawanos servindo no Exército tinha sido considerado uma minoria humilde. They would often be victimised and beaten. Eles seriam freqüentemente vitimados e batido. Kentsu Yabu would not stand for this and fought back. Kentsu Yabu não estaria para isso e revidaram. Incidents occurred which led to an official investigation. Incidentes ocorridos que levaram a uma investigação oficial. Yabu was cleared of all blame and became a hero to his fellow Okinawans. Yabu foi inocentado de todas as culpas e se tornou um herói para seu companheiro de Okinawa.
De acordo com Hiroyasu Tamae, quando Yabu foi um sargento, ele foi desafiado a lutar por um outro soldado. When the man attacked, Yabu struck him - killing him instantly. Quando o homem atacado, Yabu feriu - o matou instantaneamente. There was an enquiry and the investigating officer, who had heard of Okinawa's karate, asked Yabu if he had used that technique. Houve um inquérito e investigar o oficial, que tinha ouvido falar do karate de Okinawa, Yabu perguntou se ele tinha usado essa técnica. Yabu replied that he had struck with the open palm, not the fist. Yabu respondeu que ele tinha batido com a mão espalmada, não o punho. If he had used his fist, he explained, the opponent's ribs would have been smashed. He was ordered to strike a nearby tree using his fist. Se ele tivesse usado o seu punho, ele explicou, as costelas do adversário teria sido esmagado. Ele foi condenado a greve de uma árvore próxima com o seu punho. The tree split where he had struck it, greatly surprising the investigating officer. A divisão da árvore onde ele havia batido isso, muito surpreendente, o responsável pela investigação. The outcome of all this was that the cause of death was never made clear in the official report and Yabu's career was unaffected. O resultado de tudo isso foi que a causa da morte nunca foi claro no relatório oficial de carreira e Yabu não foi afetado.
Tamae não poderia ter tido qualquer conhecimento pessoal desta história. Deve ter sido em circulação no mundo do karate de Okinawa há alguns anos e sem dúvida que cresceu no dizer. What the truth actually was, and whether Yabu ever did kill anyone using karate, would now be impossible to establish. Que a verdade era realmente, e se Yabu nunca matei ninguém usando karate, agora seria impossível de determinar.
A referência à greve de palma Yabu é interessante, porém, porque era suposto ser um especialista em técnicas de abrir mão. His favourite kata was 'Gojushiho' which contains a variety of open-hand waza: Shinken Gima recalled: "When I was a student in Okinawa my karate teacher was master Kentsu Yabu. Master Yabu showed us nukite (finger thrusts) techniques, in which he was an exceptional expert. But he told us, 'For you it is too difficult and dangerous to do as I do, so in place of nukite you are much better using the closed fist'." Sua kata favorito era 'Gojushiho ", que contém uma variedade de waza mão aberta: Shinken Gima recordar: Quando eu era um estudante de Karatê em Okinawa foi meu professor mestre Kentsu Yabu." Mestre Yabu nos mostrou nukite (estocadas do dedo) técnicas, em que Ele era um especialista excepcional. Mas ele nos disse: 'Para você é muito difícil e perigoso fazer como eu, então no lugar de nukite você é muito melhor usar o punho fechado. "
Yabu, grandes e ombros largos, foi considerada toda a Okinawa como um poderoso karateka e especialista genuíno. He once defeated Choki Motobu - "the feared Choki Motobu" as Shinken Gima called him - although again, the details are not clear. Uma vez ele derrotou Choki Motobu - "o temido Choki Motobu" como Shinken Gima chamou - embora, novamente, os detalhes não são claros. The American martial artist and author Dave Lowry has written that this was not in a karate contest but rather in a bout of tegumi - an Okinawan form of wrestling. O artista marcial e escritor americano Dave Lowry tem escrito que não se tratava de uma competição de karatê, mas sim em um ataque de tegumi - uma forma de luta de Okinawa. In Lowry's account Yabu was able to pin Motobu after a contest lasting twenty minutes. Na conta de Lowry Yabu foi capaz de prender Motobu após um concurso que dura vinte minutos.
Quando se aposentou do Exército, Yabu Sensei tornou-se professor para a Força cadete na Escola de Okinawa para os professores. He taught karate to students for many years and his army experience in handling large bodies of men must have been useful in organising classes. Ele ensinou karatê aos alunos, durante muitos anos e sua experiência militar na manipulação de grandes massas de homens devem ter sido útil na organização de classes. For generations before this karate had been taught in secret and a master would have only a few students, sometimes only one. Por gerações antes desta karatê tinha sido ensinado em segredo, e um mestre que tem poucos alunos, às vezes apenas uma. With the introduction of karate into the educational system a means had to be found of instructing larger classes, and in fact Harada Sensei suggested to me that the "militarisation" of karate teaching might be traced back to Gunso Yabu. "Militarisation" is not meant in a negative sense but rather refers to the training of large classes by repeating techniques to a count. Com a introdução do Karate no sistema educacional um meio tinha que ser encontrado de instruir as classes maiores e, na verdade Harada Sensei me sugeriu que a "militarização" do ensino do karate pode ser rastreada até Gunso Yabu. "Militarização" não significa, num sentido negativo, mas refere-se à formação de grandes classes, repetindo técnicas para uma contagem.
De qualquer forma, o ensino Yabu foi disciplinado e testes. He stressed repetition and mastery of one kata before moving onto the next. Ele ressaltou a repetição ea maestria de um kata antes de passar para a próxima. Shinken Gima, who entered the school for teachers in 1911 remembered that, although he knew the order of several kata, he trained only in 'Nai-hanchi' during the five years he was there. Shinken Gima, que entrou na escola para os professores em 1911, lembrou que, embora soubesse que a ordem dos vários kata, ele treinou apenas em 'Nai-hanchi "durante os cinco anos ele estava lá. Yabu told the students that they should do 10,000 kata per year, or almost 30 kata every day! Yabu disse aos estudantes que eles devem fazer kata 10.000 por ano, ou quase 30 kata todos os dias!
Deve haver fotos de Kentsu Yabu no seu auge, mas até agora eu não tenho sido capaz de rastrear qualquer. He does appear in a well known group portrait taken in the 1930s, but his clothes hang loosely on his once powerful frame and he is only a shell of his former self. Ele aparece em um grupo conhecido retrato bem tomadas na década de 1930, mas suas roupas pendurado em seu quadro de poderoso uma vez e ele é apenas um escudo de seu auto anterior. He was seriously ill, but here too his self-discipline and strength of character were evident. Ele estava gravemente doente, mas aqui também sua auto-disciplina e força de caráter eram evidentes.
"Ele se aposentou a partir de professores da escola com a tuberculose", escreveu Hiroyasu Tamae ", mas estranhamente eu costumava vê-lo todas as manhãs, ao mesmo tempo. Digo estranhamente porque naquela época a tuberculose era uma doença virulenta e 99% das pessoas que contratada morreu. pessoas que sofriam de que estavam deprimidos, não só fisicamente, mas espiritualmente também. Isso não aconteceu com o Sensei Yabu. Toda manhã ele se levantava e desfrutar de um passeio. Às vezes, ele teria que parar de tossir sangue e muco, e em tais ocasiões, ele gritava "ir para o inferno!" antes de voltar para casa. Fiquei muito impressionado pelo Sensei Yabu e como ele lutou esta doença. "
"Sua aparência era tão lamentável nesta altura - parecia um cadáver. Ele Foi tão triste ver ele assim, mas olhando para trás, talvez eu não deveria ter sentido que o caminho. Eu acho que no seu silêncio caminha tomadas mesmo tempo todas as manhãs, Yabu Sensei atingiu Satori (iluminação). "
Mestre Yabu morreu em 1937 na idade de 74 anos.
Mestre Shimpan Gusukuma e outros
Outros alunos de Itosu ..... Gichin Funakoshi, Kenwa Mabuni, Kanken Toyama, Choki Motobu (a sometime student)..... Gichin Funakoshi, Kenwa Mabuni, Kanken Toyama, Choki Motobu (um aluno por vezes )..... they taught karate in mainland Japan and their lives have been quite well recorded. ensinavam karate no Japão continental e suas vidas foram muito bem gravadas.
Chomo Hanashiro, Choto Yamagawa, Anbun Tokuda, Choda Oshiro, Shimpan Gusukuma e Chosin Chibana, permaneceu em Okinawa ..... além de Chibana eles não formam suas próprias ryu (escolas) e pouca informação tem sido preservada em suas vidas e de karatê técnicas.
Hanashiro era estudante sênior (com Yabu) de Itosu. Like Itosu he served in the Japanese army as a sergeant. Como Itosu serviu no exército japonês como sargento. Later he became karate instructor at Shuri High School. Mais tarde ele se tornou instrutor de caratê em Shuri High School. In 1905 he wrote a set of notes on karate kumite (sparring) which are notable for two reasons. Em 1905, ele escreveu uma série de notas sobre karate kumite (luta), que é notável por duas razões. Firstly, because kumite was underdeveloped in the traditional karate of Okinawa, and secondly because Hanashiro used the characters "Empty Hand" for karate - the first recorded usage of these characters and thirty years before Gichin Funakoshi used them for his book "Karate-do Kyohan". Primeiro, porque era subdesenvolvida kumite no karate tradicional de Okinawa, e segundo porque Hanashiro utilizados os caracteres "mãos vazias" para karate - gravada primeiro uso desses caracteres e 30 anos antes de Gichin Funakoshi usou-os para seu livro "Karate-do Kyohan ".
Chota Yamagawa, Chodo Oshiro e Anbun Tokuda eu sei pouco sobre. The only material I have on Shimpan Gusukama (1890-1954) is a short memoir by Hiroyasu Tamae in the book "Karate-do," (1977). O único material que tenho sobre Shimpan Gusukama (1890-1954) é um livro de memórias de curta duração de Hiroyasu Tamae no livro "Karate-do," (1977).
"Gusukuma Sensei usava para trabalhar na primeira escola primária em Castelo de Shuri. Ele também dava aulas de karatê como parte do currículo de ginástica. Ele era mais do que um especialista em Chinto" kata "e foi treinado pelo Sensei Ankoh Itosu, um dos restauradores de Shuri-te karate-do. Ele era um expert em kata, não DoZo (movimentos do kata), e neste aspecto a sua formação foi especialmente cuidadosa. "
"Ele costumava usar o Castelo de Shuri como seu dojo antes do castelo se tornou um tesouro nacional;. Neste momento alguns especialistas tinham suas próprias dojo eles costumam usar as suas próprias hortas em casa instrutores. Treinei no karate desde o início de uma época e muitos tinham mas eu considero Gusukuma de instruções do Sensei foram os mais sistemáticos. Ele usou para nos dizer, "Shuri-te deve ser sistemática e eficiente. - mas ele deve ser um desperdício, e deve, em não se tornar" Inaka-te "que não é o verdadeiro karatê. Devemos nos esforçar para ser fiel ao nosso karatê. "
"Gusukuma Sensei e eu trabalhamos como professores, para que pudéssemos entender um ao outro muito bem. Ambos entendida fisiologia e assim ele foi capaz de responder a todas as minhas perguntas com facilidade. Teríamos também de longo, os argumentos amigável sobre vários pontos. Me profundamente apreciado ele e devo o fato de que eu sou um perito do karaté para seu personagem maravilhoso e amizade. "
Segunda Guerra Mundial Eu o conheci em Naha e ele me disse que ele tinha se aposentado e não treinou no karatê. Ele disse que estava apoiando-se como um praticante da moxa. Depois Ele era velho, com cabelos grisalhos - e ele parecia tão solitário. Eu nunca vou esquecer sua aparência naquele tempo. "
Mestre Chibana Chosin
Chosin Chibana nasceu em junho 1885 Toribora-cho, Shuri. As a youth he endeavoured to train himself in te and then at 15 he went to Master Itosu, asking to become his student. Quando jovem, ele se esforçou para treinar-se em te e depois em 15 ele foi o Mestre Itosu, pedindo para se tornar seu aluno. "Sensei Itosu studied very hard at karate," Chibana told Katsumi Murakami. "Sensei Itosu estudei muito no karatê", disse Katsumi Chibana Murakami. "He was not only a great karate expert but a scholar and excellent calligrapher, I visited Itosu Sensei when I was 15 years old and asked him to teach me te. Twice he refused; only at the third time of asking did he accept me..... He taught karate secretly at his home to a select band of 6 or 7 followers. They trained as Bu (as a martial art), not as sport, as they do now." "Ele não era só uma grande especialista em caratê, mas um estudioso e excelente calígrafo, visitei Itosu Sensei quando eu tinha 15 anos e pediu-lhe para me ensinar te;. Duas vezes ele se recusou apenas a terceira vez de pedir que ele me aceitar. .... Ele ensinou karatê secretamente em sua casa para um seleto grupo de seguidores de 6 ou 7. Treinaram como Bu (como uma arte marcial), não como esporte, como o fazem agora ".
O facto de Itosu ainda estava ensinando secreta neste momento (1900) mostra que os velhos hábitos custam a morrer. Chibana himself kept his training secret for three years. Chibana-se mantido seu segredo de treinamento para três anos.
Chosin Chibana continuou a estudar com Itosu até a morte deste último em 1915. Late in life Chibana recalled that he had wished to leave his name in karate, and although small he had talent and perseverance. Tarde na vida Chibana lembrou que ele tinha a intenção de deixar o seu nome no karate, e apesar de pequeno ele tinha talento e perseverança. By the age of thirty he was recognised as a leading expert and, with Gichin Funakoshi, Chodo Oshiro, and others, he was part of the Karate Kenkyukai established in Shuri in 1918. Por trinta anos de idade ele foi reconhecido como um dos principais especialistas e, com Gichin Funakoshi, Chodo Oshiro, e outros, ele fazia parte do Kenkyukai Karate criada em Shuri em 1918. At the age of 34 (1929) he opened his own dojo in Shuri, later opening another in Naha. Aos 34 anos de idade (1929), ele abriu seu próprio dojo em Shuri, depois de abrir outro em Naha. In 1933 he named his style Shorin-ryu. Em 1933, ele nomeou seu estilo Shorin-ryu.
Katsumi Murakami escreveu que Chibana arriscaram a vida muitas vezes o seu durante a batalha de Okinawa, mas infelizmente ele não dá detalhes. He returned to karate teaching soon after the war, and between 1956 and 1958 was karate instructor to the Shuri Police. In May 1956 he became the first president of the newly founded Okinawan Karate Association. Ele retornou ao karate ensino logo após a guerra, e entre 1956 e 1958 foi instrutor de karatê para a Polícia Shuri. Em maio de 1956 ele se tornou o primeiro presidente da recém-fundada Associação de Karate de Okinawa. In 1968, he was not only honoured by the Royal Palace, but awarded the first prize for contribution to sport given by the Okinawan Times. Em 1968, ele não só foi homenageado pelo Palácio Real, mas alcançar o primeiro prêmio pela contribuição dada ao desporto nos tempos de Okinawa. Chibana Sensei died of cancer of the upper jaw on the morning of October 26th, 1969, at the age of 84 years. Chibana Sensei morreu de câncer na mandíbula superior, na manhã de 26 de outubro de 1969, na idade de 84 anos. According to Murakami after his death the surgeon said that he had the heart and organs of a man of fifty. Segundo Murakami, após sua morte, o cirurgião disse que ele tinha o coração e os órgãos de um homem de cinquenta anos.
morte Chibana foi realmente o fim de uma era. He had been a student of the great Itosu and a contemporary of Funakoshi, Mabuni, Miyagi, Motobu, Kyan and all the other experts of Okinawa karate's golden age. Ele tinha sido aluno do grande Itosu e contemporâneo de Funakoshi, Mabuni, Miyagi, Motobu, Kyan e todos os outros especialistas da idade de ouro do karate de Okinawa. He tried to carry on the tradition of the old-time bushi and died a poor man. Ele tentou levar a tradição do tempo bushi velho e morreu um homem pobre. "Both Matsumura Sensei and Itosu Sensei were poor," he would say. "Ambos, Sensei Matsumura e Itosu Sensei eram pobres", dizia ele. "When I spoke of this to Itosu Sensei he told me that Bushi were poor because they should not concern themselves with the making of money." "Quando eu falei isso para Itosu Sensei ele me disse que Bushi eram pobres porque não se devem preocupar com a confecção de dinheiro."
Chosin Chibana foi aluno de Itosu de 15 anos quase, mas ele pode ter feito pequenas modificações no estilo de tarde e eu não estou certo de que o caratê é uma transmissão exata do karate Itosu. Por exemplo, ele preferiu Passai "o Matsumura 'para o Itosu versão do kata. He had learned this form from Tawada Sensei and often told the story of how he demonstrated the kata before Itosu. Ele tinha aprendido esta forma de Tawada Sensei e muitas vezes contou a história de como ele demonstrou o kata antes Itosu. Itosu told Chibana he had rarely seen a kata performed so well and that the kata should be preserved for future generations. Itosu Chibana disse ele raramente tinha visto um kata atuado tão bem e que o kata deve ser preservado para as gerações futuras.
tomadas de posição Chibana eram muito elevados demais, mesmo para os padrões da escola Shorin em geral, onde as posturas nunca são tão baixos como, digamos, Shotokan moderno. Having seen photographs of Chibana performing kata in his seventies, I originally put his high stances down to his age. Tendo visto as fotografias de Chibana kata executando em seus setenta anos, que inicialmente colocou suas posições elevadas para baixo a sua idade. However, I now believe this is an integral part of his style. No entanto, agora eu acredito que esta é uma parte integrante de seu estilo. He may have chosen higher stances for their naturalness and mobility, although his own small size may also have had something to do with it. Ele pode ter escolhido posições mais elevadas para sua naturalidade ea mobilidade, apesar de seu pequeno tamanho próprio também pode ter tido algo a ver com isso.
Kenyu Chinen, que hoje é o ensino em Paris, lembrei vendo Chosin Chibana presidir a um exame de classificação no início de 1960. The old master got up to demonstrate blocking technique, picking up a candidate at random and telling him to attack with mae geri (front kick). O velho mestre levantou-se para demonstrar a técnica de bloqueio, pegando um candidato ao acaso, e dizendo-lhe que ataque com mae geri (chute frontal). The candidate attacked and Chibana said "Not strong enough. It isn't necessary to block such an attack." He called for another attacker, with the same result. O candidato atacou e Chibana disse: "Não é forte o suficiente. Não é necessário para bloquear tais ataques." Chamou para um outro atacante, com o mesmo resultado. This happened several times until a muscular, (and nervous), karateka delivered a kick which, according to Chinen "would have knocked down a bull," Chibana blocked, watched the attacker fall back from the force of the block, and then returned to the examiners' table. Isso aconteceu várias vezes até que uma muscular, (e nervoso), karateca deu um chute que, segundo Chinen "teria derrubado um touro", Chibana bloqueado, visto que o atacante cair para trás da força do bloco, e depois voltou para examinadores tabela. He explained to all the candidates that they must always strike strongly - especially against the old experts "This old master's spirit was really very strong!" Ele explicou que todos os candidatos que sempre devem greve forte - especialmente contra os especialistas "velha mestra espírito Essa foi realmente muito forte!" Chinen recalled. Chinen lembrou.
As seguintes palavras de Chosin Chibana são tomadas a partir de "Karate-Do Para Ryukyu Kobudo" por Katsumi Murakami.
Mestre Chibana do conselho
"Quando você treina você tem que se dedicar apenas à maneira de karate - mais nada. Pensar Não pensar nos outros, ou o que eles podem pensar que você. Você deve desenvolver a habilidade de focar sua mente, as mãos e os pés devem fortemente. não só para aprender os movimentos do corpo, mas também pesquisa e estudo da arte. "
"Você deve desenvolver e melhorar a si mesmo antes de atingirem a idade de cinqüenta anos. Seu corpo naturalmente começa a se deteriorar após cinqüenta anos de idade assim que você deve então ajustar a sua formação nesse sentido. Se depois de cinquenta você ainda treinar todos os dias, então você não pode diminuir muito. Eu mesmo tenho notado um ligeiro declínio em cinquenta anos, mas eu não acho que diminuiu muito em tudo entre cinqüenta e sessenta anos de idade. Claro, você não pode ajudar se deteriorando em um grau, mas se você continuar o treinamento que você não vai idade tão rapidamente , mesmo entre setenta e oitenta anos de idade. Portanto, treine continuamente. "
No velho que treinou no dia de karatê como um marciais, a arte, mas agora eles treinar no karaté como uma ginástica. Esporte "Penso que devemos evitar tratar o Karatê como um esporte - deve ser um marciais! Arte que seus dedos e as pontas de seus dedos dos pés devem ser como flechas, os braços devem ser como o ferro. Você tem que pensar que se você chutar, tentar chutar o inimigo morto. Se você soco, você deve impulso de matar. Se você acertar, então, você começa a matar os inimigo. Este é o espírito que você precisa em formação. "
"O esforço exigido é grande, mas você pode esticar o corpo, fazendo muito. Então, lembre-se de sua condição."
"Anos atrás, eu queria deixar o meu nome no karate-do e eu treinei muito duro. Agora eu acho que meu nome continuará a ser um pouco de karate-do."
"Não precisamos apenas de treinamento físico, precisamos de pensar por nós mesmos, estudando e pesquisando o kata e suas aplicações."
"É de vital importância para compreender kata e treinar seu corpo para desenvolver o núcleo do karatê. Você pode conseguir um aumento de 5 ou 6 vezes no poder do corpo, se você treinar duro. Naturalmente, se você fizer isso você vai estar satisfeito com o resultado, assim treinar muito duro. "
"Se você se tornar grande depende de dois fatores só - esforço e estudo. - Seus movimentos devem ser afiadas nunca será lenta - quando você treinar no kata seus olhos vão ficar mais nítidas e seu bloqueio eo marcante vai ficar mais forte. E"
"Mesmo quando você atingir a idade de setenta ou oitenta você deve continuar sua pesquisa com uma atitude positiva, sempre pensando" ainda não, ainda não '. "
-Chibana Chosin, novembro de 1963.
Chibana's style (Kobayashi Shorin-ryu) is one of the two major streams of Shorin-ryu in modern day Okinawa. estilo Chibana (Kobayashi Shorin-ryu) é uma das duas principais correntes de Shorin-Ryu em Okinawa moderna. (There are other streams, often quite important historically, such as that which was headed by the late Hohan Soken. See Roger Sheldon's article in "Fighting Arts" No. 38). (Existem outras correntes, por vezes muito importante historicamente, como a que foi dirigido pelo falecido Hohan Soken. Roger Sheldon Veja o artigo em "Fighting Arts" No. 38).
É realizada por seus alunos Yuchiku Higa, Katsuya Miyahara, e Shugoro Nakazoto. The other major stream comprises the schools led by Joen Nakazato, Shoshin Nagamine, and Katsuhide Kochi. Os principais outra corrente compreende as escolas liderada por Joen Nakazato, Shoshin Nagamine, e Kochi Katsuhide. This style follows the teachings of Master Chotoku Kyan, who died just after the end of World War Two. Este estilo segue os ensinamentos do Mestre Chotoku Kyan, que morreu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Chosin Chibana recalled "Sensei Chotoku Kyan (nicknamed Chan-Mi-Gua) was born in Shuri, moved to Kadena in his youth and died after the last war at the age of 75. He was the same age as Gichin Funakoshi and 15 years older than I. He received his karate tuition from a sensei called Oyadomari who lived in Tomari. As we both used to give demonstrations together, I came to know him very well. He used to demonstrate 'Chinto', 'Passai,' and 'Kushanku' kata. He was a great man." Chosin Chibana recordou que "Sensei Chotoku Kyan (apelidado de Chan-Mi-Gua), nasceu em Shuri, mudou-se para Kadena, em sua juventude e morreu após a última guerra na idade de 75 anos. Ele era da mesma idade que Gichin Funakoshi e 15 anos mais velho do que eu Ele recebeu aulas de karatê a partir de um sensei chamado Oyadomari que viveu em Tomari. Como ambos usados para dar demonstrações juntos, eu vim a conhecê-lo muito bem. Usou-se para demonstrar a "Chinto", "Passai, 'e' Kushanku "kata. Ele era um grande homem."
PRÓXIMA EDIÇÃO: The Life and Times de Kyan Chotoku
O artigo seguinte (a segunda de três partes) foi publicado originalmente na luta contra a Internacional de Artes, edição n º 51, Volume 9, No. 3, 1988 (páginas 32-35) e é reproduzida aqui com a permissão do autor, Graham Noble. The article has not been updated or edited. O artigo não foi atualizado ou editado. Photographs have been omitted. Fotografias foram omitidas. Copyright © Graham Noble. Copyright © Graham Noble. All rights reserved. Todos os direitos reservados.
Mestres do Shorin-Ryu
por Graham Nobre
Prof. N. Karasawa com Ian McLaren e N. Prof Karasawa
Mestre Yabu Kentsu
Itosu era quase 80 anos de idade quando karate foi introduzida no currículo da Escola Normal, e grande parte do ensino foi realizado pelo aluno mais velho Kentsu Yabu. Yabu is probably best known today as Itosu's assistant, yet he was an outstanding karate expert in his own right. Yabu é provavelmente mais conhecido hoje como assistente de Itosu, mas ele era um perito do karaté de destaque em sua própria direita. During one of my talks with Master Mitsusuke Harada (Shotokai) he referred to the time he spent in Brazil and his discussions with Okinawan karateka in that country. Durante uma de minhas conversas com o Mestre Mitsusuke Harada (Shotokai) ele se refere ao tempo que passou no Brasil e suas discussões com o karateca de Okinawa no país. I asked him which karate masters these Okinawans respected - Yabu perhaps? Pedi-lhe que esses mestres de karatê de Okinawa respeitados - Yabu, talvez? Yes, Harada replied, they looked back to Yabu as a great expert, and it was not just karateka who said this. Sim, respondeu Harada, olharam para trás para Yabu como um grande especialista, e não foi apenas karateca que disse isso. Ordinary Okinawans without any experience of the art had heard of Yabu Sensei. Okinawans Ordinária, sem qualquer experiência da arte tinha ouvido falar do Sensei Yabu. According to Hiroyasu Tamae ("Karate-do," Sozo Co. 1977) when Shuri Castle was turned into a museum, Yabu's military uniform was put on display as one of the items. De acordo com Hiroyasu Tamae ("Karate-do", Sozo Co. 1977), quando Shuri Castle foi transformado em um museu militar, uniformes de Yabu foi colocado em exibição como um dos itens.
Kentsu Yabu era comumente conhecida como "Gunso", ou sargento, uma referência à sua carreira no Exército Imperial Japonês. Aparentemente, ele foi passado o posto de sargento para se tornar um segundo tenente, ea capacidade de fazer o seu caminho no exército japonês sugere uma certa força de caráter e aptidão para a vida militar. The Okinawans had never been a military people and the older generation opposed all forms of military service. The conscription laws enforced throughout the rest of Japan in 1873 were not extended to Okinawa till 1898. Os habitantes de Okinawa nunca tinha sido um povo militares e da geração mais velha oposição a todas as formas de serviço militar. As leis recrutamento forçado em todo o resto do Japão em 1873 não foram estendidos para Okinawa até 1898. Even then the proportion of islanders rejected for service because of illiteracy, shortness, and so on, was the highest of any Japanese prefecture. Mesmo assim, a proporção de ilhéus rejeitado para o serviço por causa do analfabetismo, falta, e assim por diante, foi o maior de qualquer província japonesa. Those few who had served under the harsh discipline of Japanese army life were generally much tougher than the average Okinawan. Os poucos que tinham servido sob a disciplina rígida da vida do exército japonês eram geralmente muito mais resistente do que a média de Okinawa.
Diz-se que Yabu viu a ação na frente da batalha da China durante a guerra sino-japonesa de 1894 / 5. He would have been 27 years old at the time, so that is quite possible. Ele teria sido 27 anos de idade na época, de modo que é perfeitamente possível. Unfortunately it may now be too late to dig out any details on this part of his life. Infelizmente, ele agora pode ser tarde demais para cavar a todos os detalhes sobre esta parte da sua vida.
Mitsusuke Harada me disse que havia conversado com um Tamashiro Mr. um Okinawa, que tinha sido um tenente do exército japonês no mesmo regimento que Yabu tinha servido em uma questão de fato. Tamashiro disse que na hora Yabu os okinawanos servindo no Exército tinha sido considerado uma minoria humilde. They would often be victimised and beaten. Eles seriam freqüentemente vitimados e batido. Kentsu Yabu would not stand for this and fought back. Kentsu Yabu não estaria para isso e revidaram. Incidents occurred which led to an official investigation. Incidentes ocorridos que levaram a uma investigação oficial. Yabu was cleared of all blame and became a hero to his fellow Okinawans. Yabu foi inocentado de todas as culpas e se tornou um herói para seu companheiro de Okinawa.
De acordo com Hiroyasu Tamae, quando Yabu foi um sargento, ele foi desafiado a lutar por um outro soldado. When the man attacked, Yabu struck him - killing him instantly. Quando o homem atacado, Yabu feriu - o matou instantaneamente. There was an enquiry and the investigating officer, who had heard of Okinawa's karate, asked Yabu if he had used that technique. Houve um inquérito e investigar o oficial, que tinha ouvido falar do karate de Okinawa, Yabu perguntou se ele tinha usado essa técnica. Yabu replied that he had struck with the open palm, not the fist. Yabu respondeu que ele tinha batido com a mão espalmada, não o punho. If he had used his fist, he explained, the opponent's ribs would have been smashed. He was ordered to strike a nearby tree using his fist. Se ele tivesse usado o seu punho, ele explicou, as costelas do adversário teria sido esmagado. Ele foi condenado a greve de uma árvore próxima com o seu punho. The tree split where he had struck it, greatly surprising the investigating officer. A divisão da árvore onde ele havia batido isso, muito surpreendente, o responsável pela investigação. The outcome of all this was that the cause of death was never made clear in the official report and Yabu's career was unaffected. O resultado de tudo isso foi que a causa da morte nunca foi claro no relatório oficial de carreira e Yabu não foi afetado.
Tamae não poderia ter tido qualquer conhecimento pessoal desta história. Deve ter sido em circulação no mundo do karate de Okinawa há alguns anos e sem dúvida que cresceu no dizer. What the truth actually was, and whether Yabu ever did kill anyone using karate, would now be impossible to establish. Que a verdade era realmente, e se Yabu nunca matei ninguém usando karate, agora seria impossível de determinar.
A referência à greve de palma Yabu é interessante, porém, porque era suposto ser um especialista em técnicas de abrir mão. His favourite kata was 'Gojushiho' which contains a variety of open-hand waza: Shinken Gima recalled: "When I was a student in Okinawa my karate teacher was master Kentsu Yabu. Master Yabu showed us nukite (finger thrusts) techniques, in which he was an exceptional expert. But he told us, 'For you it is too difficult and dangerous to do as I do, so in place of nukite you are much better using the closed fist'." Sua kata favorito era 'Gojushiho ", que contém uma variedade de waza mão aberta: Shinken Gima recordar: Quando eu era um estudante de Karatê em Okinawa foi meu professor mestre Kentsu Yabu." Mestre Yabu nos mostrou nukite (estocadas do dedo) técnicas, em que Ele era um especialista excepcional. Mas ele nos disse: 'Para você é muito difícil e perigoso fazer como eu, então no lugar de nukite você é muito melhor usar o punho fechado. "
Yabu, grandes e ombros largos, foi considerada toda a Okinawa como um poderoso karateka e especialista genuíno. He once defeated Choki Motobu - "the feared Choki Motobu" as Shinken Gima called him - although again, the details are not clear. Uma vez ele derrotou Choki Motobu - "o temido Choki Motobu" como Shinken Gima chamou - embora, novamente, os detalhes não são claros. The American martial artist and author Dave Lowry has written that this was not in a karate contest but rather in a bout of tegumi - an Okinawan form of wrestling. O artista marcial e escritor americano Dave Lowry tem escrito que não se tratava de uma competição de karatê, mas sim em um ataque de tegumi - uma forma de luta de Okinawa. In Lowry's account Yabu was able to pin Motobu after a contest lasting twenty minutes. Na conta de Lowry Yabu foi capaz de prender Motobu após um concurso que dura vinte minutos.
Quando se aposentou do Exército, Yabu Sensei tornou-se professor para a Força cadete na Escola de Okinawa para os professores. He taught karate to students for many years and his army experience in handling large bodies of men must have been useful in organising classes. Ele ensinou karatê aos alunos, durante muitos anos e sua experiência militar na manipulação de grandes massas de homens devem ter sido útil na organização de classes. For generations before this karate had been taught in secret and a master would have only a few students, sometimes only one. Por gerações antes desta karatê tinha sido ensinado em segredo, e um mestre que tem poucos alunos, às vezes apenas uma. With the introduction of karate into the educational system a means had to be found of instructing larger classes, and in fact Harada Sensei suggested to me that the "militarisation" of karate teaching might be traced back to Gunso Yabu. "Militarisation" is not meant in a negative sense but rather refers to the training of large classes by repeating techniques to a count. Com a introdução do Karate no sistema educacional um meio tinha que ser encontrado de instruir as classes maiores e, na verdade Harada Sensei me sugeriu que a "militarização" do ensino do karate pode ser rastreada até Gunso Yabu. "Militarização" não significa, num sentido negativo, mas refere-se à formação de grandes classes, repetindo técnicas para uma contagem.
De qualquer forma, o ensino Yabu foi disciplinado e testes. He stressed repetition and mastery of one kata before moving onto the next. Ele ressaltou a repetição ea maestria de um kata antes de passar para a próxima. Shinken Gima, who entered the school for teachers in 1911 remembered that, although he knew the order of several kata, he trained only in 'Nai-hanchi' during the five years he was there. Shinken Gima, que entrou na escola para os professores em 1911, lembrou que, embora soubesse que a ordem dos vários kata, ele treinou apenas em 'Nai-hanchi "durante os cinco anos ele estava lá. Yabu told the students that they should do 10,000 kata per year, or almost 30 kata every day! Yabu disse aos estudantes que eles devem fazer kata 10.000 por ano, ou quase 30 kata todos os dias!
Deve haver fotos de Kentsu Yabu no seu auge, mas até agora eu não tenho sido capaz de rastrear qualquer. He does appear in a well known group portrait taken in the 1930s, but his clothes hang loosely on his once powerful frame and he is only a shell of his former self. Ele aparece em um grupo conhecido retrato bem tomadas na década de 1930, mas suas roupas pendurado em seu quadro de poderoso uma vez e ele é apenas um escudo de seu auto anterior. He was seriously ill, but here too his self-discipline and strength of character were evident. Ele estava gravemente doente, mas aqui também sua auto-disciplina e força de caráter eram evidentes.
"Ele se aposentou a partir de professores da escola com a tuberculose", escreveu Hiroyasu Tamae ", mas estranhamente eu costumava vê-lo todas as manhãs, ao mesmo tempo. Digo estranhamente porque naquela época a tuberculose era uma doença virulenta e 99% das pessoas que contratada morreu. pessoas que sofriam de que estavam deprimidos, não só fisicamente, mas espiritualmente também. Isso não aconteceu com o Sensei Yabu. Toda manhã ele se levantava e desfrutar de um passeio. Às vezes, ele teria que parar de tossir sangue e muco, e em tais ocasiões, ele gritava "ir para o inferno!" antes de voltar para casa. Fiquei muito impressionado pelo Sensei Yabu e como ele lutou esta doença. "
"Sua aparência era tão lamentável nesta altura - parecia um cadáver. Ele Foi tão triste ver ele assim, mas olhando para trás, talvez eu não deveria ter sentido que o caminho. Eu acho que no seu silêncio caminha tomadas mesmo tempo todas as manhãs, Yabu Sensei atingiu Satori (iluminação). "
Mestre Yabu morreu em 1937 na idade de 74 anos.
Mestre Shimpan Gusukuma e outros
Outros alunos de Itosu ..... Gichin Funakoshi, Kenwa Mabuni, Kanken Toyama, Choki Motobu (a sometime student)..... Gichin Funakoshi, Kenwa Mabuni, Kanken Toyama, Choki Motobu (um aluno por vezes )..... they taught karate in mainland Japan and their lives have been quite well recorded. ensinavam karate no Japão continental e suas vidas foram muito bem gravadas.
Chomo Hanashiro, Choto Yamagawa, Anbun Tokuda, Choda Oshiro, Shimpan Gusukuma e Chosin Chibana, permaneceu em Okinawa ..... além de Chibana eles não formam suas próprias ryu (escolas) e pouca informação tem sido preservada em suas vidas e de karatê técnicas.
Hanashiro era estudante sênior (com Yabu) de Itosu. Like Itosu he served in the Japanese army as a sergeant. Como Itosu serviu no exército japonês como sargento. Later he became karate instructor at Shuri High School. Mais tarde ele se tornou instrutor de caratê em Shuri High School. In 1905 he wrote a set of notes on karate kumite (sparring) which are notable for two reasons. Em 1905, ele escreveu uma série de notas sobre karate kumite (luta), que é notável por duas razões. Firstly, because kumite was underdeveloped in the traditional karate of Okinawa, and secondly because Hanashiro used the characters "Empty Hand" for karate - the first recorded usage of these characters and thirty years before Gichin Funakoshi used them for his book "Karate-do Kyohan". Primeiro, porque era subdesenvolvida kumite no karate tradicional de Okinawa, e segundo porque Hanashiro utilizados os caracteres "mãos vazias" para karate - gravada primeiro uso desses caracteres e 30 anos antes de Gichin Funakoshi usou-os para seu livro "Karate-do Kyohan ".
Chota Yamagawa, Chodo Oshiro e Anbun Tokuda eu sei pouco sobre. The only material I have on Shimpan Gusukama (1890-1954) is a short memoir by Hiroyasu Tamae in the book "Karate-do," (1977). O único material que tenho sobre Shimpan Gusukama (1890-1954) é um livro de memórias de curta duração de Hiroyasu Tamae no livro "Karate-do," (1977).
"Gusukuma Sensei usava para trabalhar na primeira escola primária em Castelo de Shuri. Ele também dava aulas de karatê como parte do currículo de ginástica. Ele era mais do que um especialista em Chinto" kata "e foi treinado pelo Sensei Ankoh Itosu, um dos restauradores de Shuri-te karate-do. Ele era um expert em kata, não DoZo (movimentos do kata), e neste aspecto a sua formação foi especialmente cuidadosa. "
"Ele costumava usar o Castelo de Shuri como seu dojo antes do castelo se tornou um tesouro nacional;. Neste momento alguns especialistas tinham suas próprias dojo eles costumam usar as suas próprias hortas em casa instrutores. Treinei no karate desde o início de uma época e muitos tinham mas eu considero Gusukuma de instruções do Sensei foram os mais sistemáticos. Ele usou para nos dizer, "Shuri-te deve ser sistemática e eficiente. - mas ele deve ser um desperdício, e deve, em não se tornar" Inaka-te "que não é o verdadeiro karatê. Devemos nos esforçar para ser fiel ao nosso karatê. "
"Gusukuma Sensei e eu trabalhamos como professores, para que pudéssemos entender um ao outro muito bem. Ambos entendida fisiologia e assim ele foi capaz de responder a todas as minhas perguntas com facilidade. Teríamos também de longo, os argumentos amigável sobre vários pontos. Me profundamente apreciado ele e devo o fato de que eu sou um perito do karaté para seu personagem maravilhoso e amizade. "
Segunda Guerra Mundial Eu o conheci em Naha e ele me disse que ele tinha se aposentado e não treinou no karatê. Ele disse que estava apoiando-se como um praticante da moxa. Depois Ele era velho, com cabelos grisalhos - e ele parecia tão solitário. Eu nunca vou esquecer sua aparência naquele tempo. "
Mestre Chibana Chosin
Chosin Chibana nasceu em junho 1885 Toribora-cho, Shuri. As a youth he endeavoured to train himself in te and then at 15 he went to Master Itosu, asking to become his student. Quando jovem, ele se esforçou para treinar-se em te e depois em 15 ele foi o Mestre Itosu, pedindo para se tornar seu aluno. "Sensei Itosu studied very hard at karate," Chibana told Katsumi Murakami. "Sensei Itosu estudei muito no karatê", disse Katsumi Chibana Murakami. "He was not only a great karate expert but a scholar and excellent calligrapher, I visited Itosu Sensei when I was 15 years old and asked him to teach me te. Twice he refused; only at the third time of asking did he accept me..... He taught karate secretly at his home to a select band of 6 or 7 followers. They trained as Bu (as a martial art), not as sport, as they do now." "Ele não era só uma grande especialista em caratê, mas um estudioso e excelente calígrafo, visitei Itosu Sensei quando eu tinha 15 anos e pediu-lhe para me ensinar te;. Duas vezes ele se recusou apenas a terceira vez de pedir que ele me aceitar. .... Ele ensinou karatê secretamente em sua casa para um seleto grupo de seguidores de 6 ou 7. Treinaram como Bu (como uma arte marcial), não como esporte, como o fazem agora ".
O facto de Itosu ainda estava ensinando secreta neste momento (1900) mostra que os velhos hábitos custam a morrer. Chibana himself kept his training secret for three years. Chibana-se mantido seu segredo de treinamento para três anos.
Chosin Chibana continuou a estudar com Itosu até a morte deste último em 1915. Late in life Chibana recalled that he had wished to leave his name in karate, and although small he had talent and perseverance. Tarde na vida Chibana lembrou que ele tinha a intenção de deixar o seu nome no karate, e apesar de pequeno ele tinha talento e perseverança. By the age of thirty he was recognised as a leading expert and, with Gichin Funakoshi, Chodo Oshiro, and others, he was part of the Karate Kenkyukai established in Shuri in 1918. Por trinta anos de idade ele foi reconhecido como um dos principais especialistas e, com Gichin Funakoshi, Chodo Oshiro, e outros, ele fazia parte do Kenkyukai Karate criada em Shuri em 1918. At the age of 34 (1929) he opened his own dojo in Shuri, later opening another in Naha. Aos 34 anos de idade (1929), ele abriu seu próprio dojo em Shuri, depois de abrir outro em Naha. In 1933 he named his style Shorin-ryu. Em 1933, ele nomeou seu estilo Shorin-ryu.
Katsumi Murakami escreveu que Chibana arriscaram a vida muitas vezes o seu durante a batalha de Okinawa, mas infelizmente ele não dá detalhes. He returned to karate teaching soon after the war, and between 1956 and 1958 was karate instructor to the Shuri Police. In May 1956 he became the first president of the newly founded Okinawan Karate Association. Ele retornou ao karate ensino logo após a guerra, e entre 1956 e 1958 foi instrutor de karatê para a Polícia Shuri. Em maio de 1956 ele se tornou o primeiro presidente da recém-fundada Associação de Karate de Okinawa. In 1968, he was not only honoured by the Royal Palace, but awarded the first prize for contribution to sport given by the Okinawan Times. Em 1968, ele não só foi homenageado pelo Palácio Real, mas alcançar o primeiro prêmio pela contribuição dada ao desporto nos tempos de Okinawa. Chibana Sensei died of cancer of the upper jaw on the morning of October 26th, 1969, at the age of 84 years. Chibana Sensei morreu de câncer na mandíbula superior, na manhã de 26 de outubro de 1969, na idade de 84 anos. According to Murakami after his death the surgeon said that he had the heart and organs of a man of fifty. Segundo Murakami, após sua morte, o cirurgião disse que ele tinha o coração e os órgãos de um homem de cinquenta anos.
morte Chibana foi realmente o fim de uma era. He had been a student of the great Itosu and a contemporary of Funakoshi, Mabuni, Miyagi, Motobu, Kyan and all the other experts of Okinawa karate's golden age. Ele tinha sido aluno do grande Itosu e contemporâneo de Funakoshi, Mabuni, Miyagi, Motobu, Kyan e todos os outros especialistas da idade de ouro do karate de Okinawa. He tried to carry on the tradition of the old-time bushi and died a poor man. Ele tentou levar a tradição do tempo bushi velho e morreu um homem pobre. "Both Matsumura Sensei and Itosu Sensei were poor," he would say. "Ambos, Sensei Matsumura e Itosu Sensei eram pobres", dizia ele. "When I spoke of this to Itosu Sensei he told me that Bushi were poor because they should not concern themselves with the making of money." "Quando eu falei isso para Itosu Sensei ele me disse que Bushi eram pobres porque não se devem preocupar com a confecção de dinheiro."
Chosin Chibana foi aluno de Itosu de 15 anos quase, mas ele pode ter feito pequenas modificações no estilo de tarde e eu não estou certo de que o caratê é uma transmissão exata do karate Itosu. Por exemplo, ele preferiu Passai "o Matsumura 'para o Itosu versão do kata. He had learned this form from Tawada Sensei and often told the story of how he demonstrated the kata before Itosu. Ele tinha aprendido esta forma de Tawada Sensei e muitas vezes contou a história de como ele demonstrou o kata antes Itosu. Itosu told Chibana he had rarely seen a kata performed so well and that the kata should be preserved for future generations. Itosu Chibana disse ele raramente tinha visto um kata atuado tão bem e que o kata deve ser preservado para as gerações futuras.
tomadas de posição Chibana eram muito elevados demais, mesmo para os padrões da escola Shorin em geral, onde as posturas nunca são tão baixos como, digamos, Shotokan moderno. Having seen photographs of Chibana performing kata in his seventies, I originally put his high stances down to his age. Tendo visto as fotografias de Chibana kata executando em seus setenta anos, que inicialmente colocou suas posições elevadas para baixo a sua idade. However, I now believe this is an integral part of his style. No entanto, agora eu acredito que esta é uma parte integrante de seu estilo. He may have chosen higher stances for their naturalness and mobility, although his own small size may also have had something to do with it. Ele pode ter escolhido posições mais elevadas para sua naturalidade ea mobilidade, apesar de seu pequeno tamanho próprio também pode ter tido algo a ver com isso.
Kenyu Chinen, que hoje é o ensino em Paris, lembrei vendo Chosin Chibana presidir a um exame de classificação no início de 1960. The old master got up to demonstrate blocking technique, picking up a candidate at random and telling him to attack with mae geri (front kick). O velho mestre levantou-se para demonstrar a técnica de bloqueio, pegando um candidato ao acaso, e dizendo-lhe que ataque com mae geri (chute frontal). The candidate attacked and Chibana said "Not strong enough. It isn't necessary to block such an attack." He called for another attacker, with the same result. O candidato atacou e Chibana disse: "Não é forte o suficiente. Não é necessário para bloquear tais ataques." Chamou para um outro atacante, com o mesmo resultado. This happened several times until a muscular, (and nervous), karateka delivered a kick which, according to Chinen "would have knocked down a bull," Chibana blocked, watched the attacker fall back from the force of the block, and then returned to the examiners' table. Isso aconteceu várias vezes até que uma muscular, (e nervoso), karateca deu um chute que, segundo Chinen "teria derrubado um touro", Chibana bloqueado, visto que o atacante cair para trás da força do bloco, e depois voltou para examinadores tabela. He explained to all the candidates that they must always strike strongly - especially against the old experts "This old master's spirit was really very strong!" Ele explicou que todos os candidatos que sempre devem greve forte - especialmente contra os especialistas "velha mestra espírito Essa foi realmente muito forte!" Chinen recalled. Chinen lembrou.
As seguintes palavras de Chosin Chibana são tomadas a partir de "Karate-Do Para Ryukyu Kobudo" por Katsumi Murakami.
Mestre Chibana do conselho
"Quando você treina você tem que se dedicar apenas à maneira de karate - mais nada. Pensar Não pensar nos outros, ou o que eles podem pensar que você. Você deve desenvolver a habilidade de focar sua mente, as mãos e os pés devem fortemente. não só para aprender os movimentos do corpo, mas também pesquisa e estudo da arte. "
"Você deve desenvolver e melhorar a si mesmo antes de atingirem a idade de cinqüenta anos. Seu corpo naturalmente começa a se deteriorar após cinqüenta anos de idade assim que você deve então ajustar a sua formação nesse sentido. Se depois de cinquenta você ainda treinar todos os dias, então você não pode diminuir muito. Eu mesmo tenho notado um ligeiro declínio em cinquenta anos, mas eu não acho que diminuiu muito em tudo entre cinqüenta e sessenta anos de idade. Claro, você não pode ajudar se deteriorando em um grau, mas se você continuar o treinamento que você não vai idade tão rapidamente , mesmo entre setenta e oitenta anos de idade. Portanto, treine continuamente. "
No velho que treinou no dia de karatê como um marciais, a arte, mas agora eles treinar no karaté como uma ginástica. Esporte "Penso que devemos evitar tratar o Karatê como um esporte - deve ser um marciais! Arte que seus dedos e as pontas de seus dedos dos pés devem ser como flechas, os braços devem ser como o ferro. Você tem que pensar que se você chutar, tentar chutar o inimigo morto. Se você soco, você deve impulso de matar. Se você acertar, então, você começa a matar os inimigo. Este é o espírito que você precisa em formação. "
"O esforço exigido é grande, mas você pode esticar o corpo, fazendo muito. Então, lembre-se de sua condição."
"Anos atrás, eu queria deixar o meu nome no karate-do e eu treinei muito duro. Agora eu acho que meu nome continuará a ser um pouco de karate-do."
"Não precisamos apenas de treinamento físico, precisamos de pensar por nós mesmos, estudando e pesquisando o kata e suas aplicações."
"É de vital importância para compreender kata e treinar seu corpo para desenvolver o núcleo do karatê. Você pode conseguir um aumento de 5 ou 6 vezes no poder do corpo, se você treinar duro. Naturalmente, se você fizer isso você vai estar satisfeito com o resultado, assim treinar muito duro. "
"Se você se tornar grande depende de dois fatores só - esforço e estudo. - Seus movimentos devem ser afiadas nunca será lenta - quando você treinar no kata seus olhos vão ficar mais nítidas e seu bloqueio eo marcante vai ficar mais forte. E"
"Mesmo quando você atingir a idade de setenta ou oitenta você deve continuar sua pesquisa com uma atitude positiva, sempre pensando" ainda não, ainda não '. "
-Chibana Chosin, novembro de 1963.
Chibana's style (Kobayashi Shorin-ryu) is one of the two major streams of Shorin-ryu in modern day Okinawa. estilo Chibana (Kobayashi Shorin-ryu) é uma das duas principais correntes de Shorin-Ryu em Okinawa moderna. (There are other streams, often quite important historically, such as that which was headed by the late Hohan Soken. See Roger Sheldon's article in "Fighting Arts" No. 38). (Existem outras correntes, por vezes muito importante historicamente, como a que foi dirigido pelo falecido Hohan Soken. Roger Sheldon Veja o artigo em "Fighting Arts" No. 38).
É realizada por seus alunos Yuchiku Higa, Katsuya Miyahara, e Shugoro Nakazoto. The other major stream comprises the schools led by Joen Nakazato, Shoshin Nagamine, and Katsuhide Kochi. Os principais outra corrente compreende as escolas liderada por Joen Nakazato, Shoshin Nagamine, e Kochi Katsuhide. This style follows the teachings of Master Chotoku Kyan, who died just after the end of World War Two. Este estilo segue os ensinamentos do Mestre Chotoku Kyan, que morreu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Chosin Chibana recalled "Sensei Chotoku Kyan (nicknamed Chan-Mi-Gua) was born in Shuri, moved to Kadena in his youth and died after the last war at the age of 75. He was the same age as Gichin Funakoshi and 15 years older than I. He received his karate tuition from a sensei called Oyadomari who lived in Tomari. As we both used to give demonstrations together, I came to know him very well. He used to demonstrate 'Chinto', 'Passai,' and 'Kushanku' kata. He was a great man." Chosin Chibana recordou que "Sensei Chotoku Kyan (apelidado de Chan-Mi-Gua), nasceu em Shuri, mudou-se para Kadena, em sua juventude e morreu após a última guerra na idade de 75 anos. Ele era da mesma idade que Gichin Funakoshi e 15 anos mais velho do que eu Ele recebeu aulas de karatê a partir de um sensei chamado Oyadomari que viveu em Tomari. Como ambos usados para dar demonstrações juntos, eu vim a conhecê-lo muito bem. Usou-se para demonstrar a "Chinto", "Passai, 'e' Kushanku "kata. Ele era um grande homem."
PRÓXIMA EDIÇÃO: The Life and Times de Kyan Chotoku
Yoshihide Shinzato
Yoshihide Shinzato (Haebaru, Shuri, 15 de março de 1927 — Santos, 13 de janeiro de 2008) foi um mestre de caratê nipo-brasileiro.
Começou a praticar caratê aos doze anos de idade, na escola (curso ginasial) com Anbun Tokuda (1886-1945), contemporâneo de Choshin Chibana e, como este, discípulo do Grão-Mestre Anko Itosu.
Após completar os estudos, Shinzato entrou para a academia do renomado mestre Choshin Chibana. Durante a Segunda Guerra Mundial, Shinzato serviu no exército japonês como rádio-telegrafista, em Tóquio, retornando ao fim da guerra a Oquinaua, onde retomou os treinamentos com Chibana.
Índice
1 A chegada a Santos
2 A fundação da Associação Okinawa
3 Mudanças na Shorin em Okinawa
4 Visitas do Mestre Miyahira ao Mestre Shinzato
5 A ligação de Mestre Shinzato ao caratê
6 O livro Kihon
7 Mestre Shinzato e sua família
8 Shin Shu Kan no exterior
9 Homenagens
10 Referências
11 Ligações externas
A chegada a Santos
Devido às grandes dificuldades decorrentes do período pós-guerra, Shinzato resolveu aceitar o convite de um tio que havia emigrado para o Brasil e tomou um navio, desembarcando em Santos em 15 de janeiro de 1954, onde viria a fixar residência no município de Praia Grande. Assim que chegou, imbuído do espírito de aventura, Shinzato passou a trabalhar na lavoura onde plantava principalmente agrião, tornando-se, em seguida, feirante em Santos. Neste período, Shinzato começou a praticar o caratê nos fundos de sua casa, onde ensinava ao filho mais velho e aos filhos de alguns membros da colônia okinawana local[3].
A fundação da Associação Okinawa
Em 1962 Shinzato fundou a sua primeira academia em Santos, a Associação Okinawa Shorin-ryu Karate-Do do Brasil, que viria mais tarde a se tornar uma forte associação. 5 anos depois, fundou uma organização nacional, a União Shorin-ryu Karate-Do do Brasil, com centenas de academias e clubes filiados.
Apesar de muito ligado ao espírito marcial do caratê, Shinzato tem dado muita importância ao aspecto esportivo da luta, incentivando a prática do caratê de competição, sem o qual, nos dias de hoje, uma arte marcial não sobrevive, principalmente com o advento do caratê olímpico, após o reconhecimento da modalidade pelo Comitê Olímpico Internacional.
Apesar de dar aulas nos fundos de sua casa na Praia Grande algum tempo após sua chegada ao Brasil, somente em 3 de junho de 1962 Yoshihide Shinzato fundou a sua primeira escola, a Academia Santista de Karate-Do, na rua Brás Cubas em Santos. Em 15 de dezembro de 1962 a academia foi transferida para a Rua 15 de Novembro, no. 198. Três anos mais tarde, em 10 de junho, passou a se chamar Associação Okinawa Shorin-ryu Karate-Do do Brasil, sendo transferida mais uma vez para a rua General Câmara e depois para Avenida Senador Feijó, 219, 2o. andar em 15 de maio de 1976 . Hoje sua academia, (também conhecida como Shin shu kan - nome derivado dos ideogramas que compõem o seu próprio nome, Shin de Shinzato e Shu ou Yoshi de Yoshihide, e Kan que significa academia) fica situada na avenida Senador Feijó, sempre em Santos, para onde foi transferida em janeiro de 2000. Seu dojo é frequentemente visitado por caratecas (de todas as faixas e graus), não só do Brasil como também do exterior. Nele são realizados os mais importantes cursos, dos quais participam praticantes, inclusive de outros estilos, sendo considerado a sede da União Shorin-ryu Karate-Do do Brasil, e reuniöes e assembléias onde são tomadas as principais decisões da entidade. Bastante espaçosa e bem equipada com makiwara (tábua de madeira para calejamento de mãos e pés), sunatawara (sacos de areia para treinamento de socos, cuteladas e chutes), e equipamento de musculação (apesar de utilizar ainda os antigos implementos inventados pelos professores de Okinawa, tais como os feixes de bambu e os jarros de cerâmica cheios com areia), a academia recebe mais de 200 alunos por dia.
Pelos registros já passaram pela escola mais de 7000 alunos do sexo masculino e mais de 300 do sexo feminino. Na academia são ministradas aulas pela manhã e à tarde nas segundas, quartas, sextas-feiras e sábados, e à tarde nas terças e quintas-feiras. Em quase todas as aulas o Mestre Shinzato participa com seus ensinamentos preciosos, onde fazem sucesso as técnicas de yakusoku-kumite - treinamento de defesa pessoal. O seu método de aula incorpora uma ginástica completa (com quase uma hora de duração), bases de ataque e defesa, katas, técnicas de defesa pessoal, luta de competição, prática com armas antigas e treinamento em aparelhos de fortalecimento físico e teoria de caratê, onde estão incluídos o embasamento biofísico e bioquímico e filosofia zen-budista. O principal objetivo é atingir o fortalecimento físico e mental do praticante através de uma equilibrada harmonia de interação e a construção de uma perfeita ética de conduta moral.
Dentre os alunos de Yoshihide Shinzato destacam-se caratecas famosos, alguns campeões nacionais e internacionais do cenário brasileiro, sul-americano e pan-americano, outros eminentes políticos da Baixada Santista. Pelo seu grande trabalho de divulgação nacional e internacional do caratê em prol, não apenas da modalidade, mas também de formação do caráter da juventude que pratica este esporte maravilhoso, Shinzato tem recebido muitos prêmios, sendo o mais famoso deles o título de Cidadão Santista, dado pela Câmara Municipal de Santos, em 1983. Em Okinawa seu trabalho foi reconhecido também e de Miyahira recebeu, em 1986, o título de nono Dan Hanshi. Na Confederação Brasileira de Karate Shinzato é considerado 8o. Dan.
Todo último domingo de cada mês são realizados treinamentos especiais para faixas-pretas (os quais são obrigatórios para aqueles que almejam os graus mais altos). Cursos de arbitragem são ministrados pela União com a anuência da Confederação Brasileira de Karate e da Federação de Karate do Estado de São Paulo. Nos outros estados também é grande a participação das filiadas nos cursos organizados pelas Federações locais. Diversos torneios são realizados a nível estadual e municipal, mas uma vez por ano é realizado um campeonato do estilo Shorin Ryu do qual todas as academias e clubes filiados costumam participar. No fim de cada ano a União, sob a égide de Yoshihide Shinzato, faz realizar o Shorin-ryu Karate-Do Bonenkai, uma grande festa de confraternização onde são realizadas demonstrações e cursos de atualização de kata.
Mudanças na Shorin em Okinawa
De tempos em tempos, Shinzato viajava a Okinawa para reciclar o seu caratê com Choshin Chibana, sempre trazendo as novidades da ilha para o Brasil, procurando evitar a degeneração do estilo devido à distância em relação aos centros onde o Shorin-ryu é praticado em Okinawa.
Após a morte de Chibana em 1969, Shinzato passou a manter relações mais estreitas com Katsuya Miyahira[5], o sucessor de Chibana no estilo Shorin da linha Kobayashi em Okinawa. Paralelamente, Yoshihide Shinzato associou-se com o Mestre Katsuyoshi Kanei (falecido em 1993), então presidente da International Okinawa Kobudo Association, procurando complementar o curriculum do Shorin-ryu com as técnicas de lutas com as armas tradicionais de Okinawa...
Visitas do Mestre Miyahira ao Mestre Shinzato
Miyahira visitou o Brasil em 1977, participando dos festejos do 15º aniversário de fundação da Associação Okinawa Shorin-ryu Karate-Do do Brasil e do 10º aniversário da União Shorin-ryu Karate-Do do Brasil, e em 1991, na comemoração do 20o. aniversário da Associação, ocasião em que fez demonstrações e ministrou cursos de kata para os caratecas brasileiros. Em 1992, Shinzato reuniu uma equipe com os melhores atletas do estilo e participou, em Okinawa, do Uchinanchu Festival, onde fez demonstrações e visitou mestres e academias famosos da ilha.
A ligação de Mestre Shinzato ao caratê
Quando indagado, Yoshihide Shinzato costuma responder que, para ele, o caratê se resume em: disciplina, responsabilidade, harmonia, humildade e dignidade.
Além disso, informa que, quando chegou ao Brasil, foi muito difícil se estabelecer, mas, segundo uma velha frase de seus antepassados que diz “três anos sobre a pedra”, atingiu seus objetivos graças ao esforço e à participação de seus alunos, bem como à compreensão do povo brasileiro que o recebeu com muito carinho e entusiasmo.
Com relação à técnica do caratê, Shinzato explica que a prática do kata é a essência da arte. No entanto, a prática dos kihons também deve ser enfatizada para que o aprendizado seja completo, tanto que tem elaborado e sistematizado kihons ao longo de sua vida, tornando o estilo Shorin um dos mais bem fundados neste tópico.
O livro Kihon
Em 2006, Mestre Shinzato publica um livro onde mostra a sua grande visão sobre o caratê, apresentando o estilo Shorin e registrando para a posteridade os kihons e os katas do estilo que são os seguintes: Naihanchi Shodan, Naihanchi Nidan, Naihanchi Sandan, Pinan Shodan, Pinan Nidan, Pinan Sandan, Pinan Yondan, Pinan Godan, Itossu no Passai, Matsumura no Passai, Kusanku Sho, Kusanku Dai, Chinto, Jion, Gojushiho, Unshu, Teisho, Koryu Passai (estes dois últimos incorporados recentemente pelo Mestre Katsuya Miyahira) e Ryuko (este incorporado recentemente pelo próprio Mestre Shinzato), dos quais destaca como mais importantes os Naihanchi, os Kusanku e os Passai.
Quando perguntado a Shinzato qual o professor de caratê mais importante para o Brasil, ele responde que foi o pioneiro o mestre Harada (do estilo Shotokan), praticamente o primeiro a introduzir a luta no nosso país. Indagando, então, sobre os que ainda estão vivos e atuantes, disse Koji Takamatsu, pelo Wado-ryu, e Juichi Sagara, pelo Shotokan.
Mestre Shinzato e sua família
Yoshihide Shinzato tem três filhos que também praticam o caratê assiduamente. O mais velho é o único nascido em Okinawa: Masahiro Shinzato, atualmente graduado como 9º Dan e que, até 1999, era o presidente da Federação de Paulista de Karate-do. O seu filho do meio, formado em engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, Nelson Mitsuhide Shinzato, é 4º Dan. O caçula, Eraldo Kazuo Shinzato, é engenheiro formado pela Universidade Federal de São Carlos e é 1º Dan.
Shin Shu Kan no exterior
Com o crescente aumento do número de praticantes do Shorin-ryu Karate-Do nos países vizinhos ao Brasil, tais como Uruguai, Argentina e Bolívia, sempre sob a tutela do Mestre Shinzato, os representantes desses países resolveram fundar, em 1991, a International Union Shorin-ryu Karate-Do Federation. Embora na Argentina o Shorin-ryu já estivesse representado pelo Mestre Shoei Miyazato (oitavo Dan), um discípulo direto de Katsuya Miyahira, esse okinawano deixou suas atividades relativas ao caratê por motivos de saúde, fazendo com que Miyahira delegasse ao Mestre Shinzato a coordenação do estilo naquele país. Com a fundação da International Union, Shinzato passou a ter um controle mais organizado das atividades, agora não apenas na Argentina, mas também nos outros países da América do Sul onde se verifica a presença do Shorin-ryu. Existem representantes ainda nos Estados Unidos e na Austrália.
Yoshihide Shinzato espera que este organismo internacional cresça ainda mais nos próximos anos, principalmente agora que o caratê foi oficialmente reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional. Por outro lado, Shinzato já deu os primeiros passos no sentido de registrar o estilo na WKF - World Karate-do Federation (substituta da primeira WUKO - World Union of Karate-do Organizations -, hoje extinta), que é a entidade internacional representante do esporte perante o Comitê Olímpico Internacional. Tal feito, se realizado, deverá trazer um enorme prestígio para o estilo Shorin da linhagem Kobayashi, em nível mundial.
Homenagens
Cidadão Santista - Câmara Municipal de Santos (23 de junho de 1972)
Medalha Primavera - Sociedade Geográfica Brasileira - São Paulo (1978)
Grã-Cruz - Ordem ao Mérito Municipalista - Sociedade dos Estados Municipalistas - São Paulo (1994)
Defensor de Bens Culturais - Câmara Municipal de São Paulo (31 de março de 2001)
Medalha de Honra ao Mérito - Brás Cubas - Câmara Municipal de Santos (16 de junho de 2001)
8° Dan, pela World Karate Federation (WKF)
9° Dan - Kobu-do Shin Shu Kan
9° Dan, pela Federação Paulista de Karate-do (FPK)
9° Dan, pela Confederação Brasileira de Karate-do (CBK)
10° Dan - Okinawa Shorin-Ryu Karate-do
Comendador do Outono do Governo do Japão
Referências
↑ Shorinkan Argentina - Chosin Chibana (em castelhano). Página visitada em 21.set.2010.
↑ Karate como Filosofia de Vida: Mestre Yoshihide Shinzato (em português). Página visitada em 21.set.2010.
↑ Jornal Vicentino » Yoshihide Shinzato (em português). Página visitada em 21.set.2010.
↑ Makiwara (em português). Página visitada em 21.set.2010.
↑ Hanshi Miyahira (em português). Página visitada em 21.set.2010.
Ligações externas
Biografia do Mestre Shinzato na Revista Eletrônica Karatedo on-line
Biografia do Mestre Shinzato no website www.karate-do.com.br
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Yoshihide_Shinzato"
Categorias: Mestres do caratê | Nipo-brasileiros
Categoria oculta: !Artigos que carecem de fontes desde Fevereiro de 2008
Começou a praticar caratê aos doze anos de idade, na escola (curso ginasial) com Anbun Tokuda (1886-1945), contemporâneo de Choshin Chibana e, como este, discípulo do Grão-Mestre Anko Itosu.
Após completar os estudos, Shinzato entrou para a academia do renomado mestre Choshin Chibana. Durante a Segunda Guerra Mundial, Shinzato serviu no exército japonês como rádio-telegrafista, em Tóquio, retornando ao fim da guerra a Oquinaua, onde retomou os treinamentos com Chibana.
Índice
1 A chegada a Santos
2 A fundação da Associação Okinawa
3 Mudanças na Shorin em Okinawa
4 Visitas do Mestre Miyahira ao Mestre Shinzato
5 A ligação de Mestre Shinzato ao caratê
6 O livro Kihon
7 Mestre Shinzato e sua família
8 Shin Shu Kan no exterior
9 Homenagens
10 Referências
11 Ligações externas
A chegada a Santos
Devido às grandes dificuldades decorrentes do período pós-guerra, Shinzato resolveu aceitar o convite de um tio que havia emigrado para o Brasil e tomou um navio, desembarcando em Santos em 15 de janeiro de 1954, onde viria a fixar residência no município de Praia Grande. Assim que chegou, imbuído do espírito de aventura, Shinzato passou a trabalhar na lavoura onde plantava principalmente agrião, tornando-se, em seguida, feirante em Santos. Neste período, Shinzato começou a praticar o caratê nos fundos de sua casa, onde ensinava ao filho mais velho e aos filhos de alguns membros da colônia okinawana local[3].
A fundação da Associação Okinawa
Em 1962 Shinzato fundou a sua primeira academia em Santos, a Associação Okinawa Shorin-ryu Karate-Do do Brasil, que viria mais tarde a se tornar uma forte associação. 5 anos depois, fundou uma organização nacional, a União Shorin-ryu Karate-Do do Brasil, com centenas de academias e clubes filiados.
Apesar de muito ligado ao espírito marcial do caratê, Shinzato tem dado muita importância ao aspecto esportivo da luta, incentivando a prática do caratê de competição, sem o qual, nos dias de hoje, uma arte marcial não sobrevive, principalmente com o advento do caratê olímpico, após o reconhecimento da modalidade pelo Comitê Olímpico Internacional.
Apesar de dar aulas nos fundos de sua casa na Praia Grande algum tempo após sua chegada ao Brasil, somente em 3 de junho de 1962 Yoshihide Shinzato fundou a sua primeira escola, a Academia Santista de Karate-Do, na rua Brás Cubas em Santos. Em 15 de dezembro de 1962 a academia foi transferida para a Rua 15 de Novembro, no. 198. Três anos mais tarde, em 10 de junho, passou a se chamar Associação Okinawa Shorin-ryu Karate-Do do Brasil, sendo transferida mais uma vez para a rua General Câmara e depois para Avenida Senador Feijó, 219, 2o. andar em 15 de maio de 1976 . Hoje sua academia, (também conhecida como Shin shu kan - nome derivado dos ideogramas que compõem o seu próprio nome, Shin de Shinzato e Shu ou Yoshi de Yoshihide, e Kan que significa academia) fica situada na avenida Senador Feijó, sempre em Santos, para onde foi transferida em janeiro de 2000. Seu dojo é frequentemente visitado por caratecas (de todas as faixas e graus), não só do Brasil como também do exterior. Nele são realizados os mais importantes cursos, dos quais participam praticantes, inclusive de outros estilos, sendo considerado a sede da União Shorin-ryu Karate-Do do Brasil, e reuniöes e assembléias onde são tomadas as principais decisões da entidade. Bastante espaçosa e bem equipada com makiwara (tábua de madeira para calejamento de mãos e pés), sunatawara (sacos de areia para treinamento de socos, cuteladas e chutes), e equipamento de musculação (apesar de utilizar ainda os antigos implementos inventados pelos professores de Okinawa, tais como os feixes de bambu e os jarros de cerâmica cheios com areia), a academia recebe mais de 200 alunos por dia.
Pelos registros já passaram pela escola mais de 7000 alunos do sexo masculino e mais de 300 do sexo feminino. Na academia são ministradas aulas pela manhã e à tarde nas segundas, quartas, sextas-feiras e sábados, e à tarde nas terças e quintas-feiras. Em quase todas as aulas o Mestre Shinzato participa com seus ensinamentos preciosos, onde fazem sucesso as técnicas de yakusoku-kumite - treinamento de defesa pessoal. O seu método de aula incorpora uma ginástica completa (com quase uma hora de duração), bases de ataque e defesa, katas, técnicas de defesa pessoal, luta de competição, prática com armas antigas e treinamento em aparelhos de fortalecimento físico e teoria de caratê, onde estão incluídos o embasamento biofísico e bioquímico e filosofia zen-budista. O principal objetivo é atingir o fortalecimento físico e mental do praticante através de uma equilibrada harmonia de interação e a construção de uma perfeita ética de conduta moral.
Dentre os alunos de Yoshihide Shinzato destacam-se caratecas famosos, alguns campeões nacionais e internacionais do cenário brasileiro, sul-americano e pan-americano, outros eminentes políticos da Baixada Santista. Pelo seu grande trabalho de divulgação nacional e internacional do caratê em prol, não apenas da modalidade, mas também de formação do caráter da juventude que pratica este esporte maravilhoso, Shinzato tem recebido muitos prêmios, sendo o mais famoso deles o título de Cidadão Santista, dado pela Câmara Municipal de Santos, em 1983. Em Okinawa seu trabalho foi reconhecido também e de Miyahira recebeu, em 1986, o título de nono Dan Hanshi. Na Confederação Brasileira de Karate Shinzato é considerado 8o. Dan.
Todo último domingo de cada mês são realizados treinamentos especiais para faixas-pretas (os quais são obrigatórios para aqueles que almejam os graus mais altos). Cursos de arbitragem são ministrados pela União com a anuência da Confederação Brasileira de Karate e da Federação de Karate do Estado de São Paulo. Nos outros estados também é grande a participação das filiadas nos cursos organizados pelas Federações locais. Diversos torneios são realizados a nível estadual e municipal, mas uma vez por ano é realizado um campeonato do estilo Shorin Ryu do qual todas as academias e clubes filiados costumam participar. No fim de cada ano a União, sob a égide de Yoshihide Shinzato, faz realizar o Shorin-ryu Karate-Do Bonenkai, uma grande festa de confraternização onde são realizadas demonstrações e cursos de atualização de kata.
Mudanças na Shorin em Okinawa
De tempos em tempos, Shinzato viajava a Okinawa para reciclar o seu caratê com Choshin Chibana, sempre trazendo as novidades da ilha para o Brasil, procurando evitar a degeneração do estilo devido à distância em relação aos centros onde o Shorin-ryu é praticado em Okinawa.
Após a morte de Chibana em 1969, Shinzato passou a manter relações mais estreitas com Katsuya Miyahira[5], o sucessor de Chibana no estilo Shorin da linha Kobayashi em Okinawa. Paralelamente, Yoshihide Shinzato associou-se com o Mestre Katsuyoshi Kanei (falecido em 1993), então presidente da International Okinawa Kobudo Association, procurando complementar o curriculum do Shorin-ryu com as técnicas de lutas com as armas tradicionais de Okinawa...
Visitas do Mestre Miyahira ao Mestre Shinzato
Miyahira visitou o Brasil em 1977, participando dos festejos do 15º aniversário de fundação da Associação Okinawa Shorin-ryu Karate-Do do Brasil e do 10º aniversário da União Shorin-ryu Karate-Do do Brasil, e em 1991, na comemoração do 20o. aniversário da Associação, ocasião em que fez demonstrações e ministrou cursos de kata para os caratecas brasileiros. Em 1992, Shinzato reuniu uma equipe com os melhores atletas do estilo e participou, em Okinawa, do Uchinanchu Festival, onde fez demonstrações e visitou mestres e academias famosos da ilha.
A ligação de Mestre Shinzato ao caratê
Quando indagado, Yoshihide Shinzato costuma responder que, para ele, o caratê se resume em: disciplina, responsabilidade, harmonia, humildade e dignidade.
Além disso, informa que, quando chegou ao Brasil, foi muito difícil se estabelecer, mas, segundo uma velha frase de seus antepassados que diz “três anos sobre a pedra”, atingiu seus objetivos graças ao esforço e à participação de seus alunos, bem como à compreensão do povo brasileiro que o recebeu com muito carinho e entusiasmo.
Com relação à técnica do caratê, Shinzato explica que a prática do kata é a essência da arte. No entanto, a prática dos kihons também deve ser enfatizada para que o aprendizado seja completo, tanto que tem elaborado e sistematizado kihons ao longo de sua vida, tornando o estilo Shorin um dos mais bem fundados neste tópico.
O livro Kihon
Em 2006, Mestre Shinzato publica um livro onde mostra a sua grande visão sobre o caratê, apresentando o estilo Shorin e registrando para a posteridade os kihons e os katas do estilo que são os seguintes: Naihanchi Shodan, Naihanchi Nidan, Naihanchi Sandan, Pinan Shodan, Pinan Nidan, Pinan Sandan, Pinan Yondan, Pinan Godan, Itossu no Passai, Matsumura no Passai, Kusanku Sho, Kusanku Dai, Chinto, Jion, Gojushiho, Unshu, Teisho, Koryu Passai (estes dois últimos incorporados recentemente pelo Mestre Katsuya Miyahira) e Ryuko (este incorporado recentemente pelo próprio Mestre Shinzato), dos quais destaca como mais importantes os Naihanchi, os Kusanku e os Passai.
Quando perguntado a Shinzato qual o professor de caratê mais importante para o Brasil, ele responde que foi o pioneiro o mestre Harada (do estilo Shotokan), praticamente o primeiro a introduzir a luta no nosso país. Indagando, então, sobre os que ainda estão vivos e atuantes, disse Koji Takamatsu, pelo Wado-ryu, e Juichi Sagara, pelo Shotokan.
Mestre Shinzato e sua família
Yoshihide Shinzato tem três filhos que também praticam o caratê assiduamente. O mais velho é o único nascido em Okinawa: Masahiro Shinzato, atualmente graduado como 9º Dan e que, até 1999, era o presidente da Federação de Paulista de Karate-do. O seu filho do meio, formado em engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, Nelson Mitsuhide Shinzato, é 4º Dan. O caçula, Eraldo Kazuo Shinzato, é engenheiro formado pela Universidade Federal de São Carlos e é 1º Dan.
Shin Shu Kan no exterior
Com o crescente aumento do número de praticantes do Shorin-ryu Karate-Do nos países vizinhos ao Brasil, tais como Uruguai, Argentina e Bolívia, sempre sob a tutela do Mestre Shinzato, os representantes desses países resolveram fundar, em 1991, a International Union Shorin-ryu Karate-Do Federation. Embora na Argentina o Shorin-ryu já estivesse representado pelo Mestre Shoei Miyazato (oitavo Dan), um discípulo direto de Katsuya Miyahira, esse okinawano deixou suas atividades relativas ao caratê por motivos de saúde, fazendo com que Miyahira delegasse ao Mestre Shinzato a coordenação do estilo naquele país. Com a fundação da International Union, Shinzato passou a ter um controle mais organizado das atividades, agora não apenas na Argentina, mas também nos outros países da América do Sul onde se verifica a presença do Shorin-ryu. Existem representantes ainda nos Estados Unidos e na Austrália.
Yoshihide Shinzato espera que este organismo internacional cresça ainda mais nos próximos anos, principalmente agora que o caratê foi oficialmente reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional. Por outro lado, Shinzato já deu os primeiros passos no sentido de registrar o estilo na WKF - World Karate-do Federation (substituta da primeira WUKO - World Union of Karate-do Organizations -, hoje extinta), que é a entidade internacional representante do esporte perante o Comitê Olímpico Internacional. Tal feito, se realizado, deverá trazer um enorme prestígio para o estilo Shorin da linhagem Kobayashi, em nível mundial.
Homenagens
Cidadão Santista - Câmara Municipal de Santos (23 de junho de 1972)
Medalha Primavera - Sociedade Geográfica Brasileira - São Paulo (1978)
Grã-Cruz - Ordem ao Mérito Municipalista - Sociedade dos Estados Municipalistas - São Paulo (1994)
Defensor de Bens Culturais - Câmara Municipal de São Paulo (31 de março de 2001)
Medalha de Honra ao Mérito - Brás Cubas - Câmara Municipal de Santos (16 de junho de 2001)
8° Dan, pela World Karate Federation (WKF)
9° Dan - Kobu-do Shin Shu Kan
9° Dan, pela Federação Paulista de Karate-do (FPK)
9° Dan, pela Confederação Brasileira de Karate-do (CBK)
10° Dan - Okinawa Shorin-Ryu Karate-do
Comendador do Outono do Governo do Japão
Referências
↑ Shorinkan Argentina - Chosin Chibana (em castelhano). Página visitada em 21.set.2010.
↑ Karate como Filosofia de Vida: Mestre Yoshihide Shinzato (em português). Página visitada em 21.set.2010.
↑ Jornal Vicentino » Yoshihide Shinzato (em português). Página visitada em 21.set.2010.
↑ Makiwara (em português). Página visitada em 21.set.2010.
↑ Hanshi Miyahira (em português). Página visitada em 21.set.2010.
Ligações externas
Biografia do Mestre Shinzato na Revista Eletrônica Karatedo on-line
Biografia do Mestre Shinzato no website www.karate-do.com.br
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Yoshihide_Shinzato"
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